1- Outrora, quando os meus pais desfrutavam a juventude, as noivas casavam virgens.

Durante o noivado, era comum, após o namoro na porta da noiva, os rapazes saírem sentindo grande dor nos testículos.
Eles, tentando esquecer a dor, buscavam os amigos para uma conversa animada, caminhavam até suas casas pensando num banho frio ou procuravam “acalmar a ansiedade” num prostíbulo.
 
Eu, mais novo que os meus pais, vivi a experiência de namorar na porta.
É bom demais, galera!
 
Na minha jornada, também já experimentei a citada dor nos testículos, mas jamais desejei pagar para praticar sexo.
Permanecia suportando a dor numa boa e optava pelo banho frio.
 
2- Hoje as noivas não casam mais virgens.
Aliás, as namoradas já não são mais virgens.
Antes do namoro repleto de transas com o futuro marido, elas tiveram outros namorados com quem transaram diversas vezes.
 
Os rapazes não sentem mais qualquer dor nos testículos, pois podem “descarregar as tensões” com total facilidade.
As prostitutas nunca são procuradas com essa intenção.
 
Não existem mais namoros nas portas.
Hoje as namoradas visitam as casas dos namorados, dormindo lá sem nenhuma cerimônia ou vergonha.
Ou o namorado decide “traçar” a namorada na casa dos sogros.
 
Caso eu ainda me case, gerando uma filha, se o namorado vier brincar com ela na minha casa, vou recebê-lo com um facão bem afiado.
 
3- Os tempos e costumes sofreram uma mudança negativa.
 
Eu preferia a época dos meus pais!
Banalizaram a beleza poética do sexo saudável e no momento certo.
 
Os adolescentes estão queimando a etapa da adolescência.
Eles começam queimando a infância, o fogo avança, vai aumentando e incendeia.
 
Adolescentes jamais deveriam transar!
Que história é essa de meninos com quinze anos transando?
Por que isso?
Que pressa é essa?
 
Adolescência somente combina com namoro!
 
Meus filhos só curtirão as delícias do sexo completando vinte e um anos.
 
4- Observamos, na hora do casamento, a noiva aparecer com um lindo vestido de noiva, valorizando uma simbologia que não tem nada a ver com as atitudes fogosas dela.
 
Ela, com uma grande quilometragem nas costas, dona de uma intensa experiência no campo sexual, não merece usar um vestido de noiva.
 
5- Costumo escutar as pessoas dizendo:
 
Ilmar, você prefere a repressão do passado?
Antes os noivos queriam transar, porém a marcação excessiva impedia o sexo. Você sabia disso?
Não faltava a vontade, seu puritano bigodudo!
 
6- Acho que o legal estava exatamente nessa dificuldade exagerada.
 
Havia uma expectativa em relação à lua de mel.
Hoje, depois do casamento, o casal vai transar a milésima vez.
Que graça tem?
 
Além disso, o cara nunca sabe se faz tão gostoso como o ex fazia.
 
Assim não dá!
 
7- Vão me criticar e dizer que sugiro a virgindade feminina, no entanto penso que o homem pode ficar livre para antecipar a festa.
 
Nada disso! Sou um poeta democrático.
Eu proponho que os dois casem virgens.
 
Vale registrar que não sou mais virgem, porém não sinto orgulho algum das minhas transas e, se pudesse refazer o passado, agiria diferente.
 
As parceiras as quais tive prometiam que seríamos felizes para sempre.
Eu ficava esperando o casamento igual a um otário.
Elas curtiam, afirmavam que eu sou gostoso, elogiavam o meu bigode, depois sumiam.
 
As gatas sedutoras abusaram demais da minha inocência!
 
8- Ilmar, por que você não ficou aguardando o casamento virgem?
 
Eu tentei, porém elas me provocavam realizando um cafuné delicioso e começavam a acariciar minha pele com os pés.
Nesse instante eu perdia a razão, porque sou louco por pés sensuais.
 
Enfim, eu vivi contos de fadas nos quais a princesa sempre caía fora.
 
Eu não resisti, entretanto lastimo não ter conservado a virgindade.
 
Com os meus filhos vai ser diferente!
Eles conseguirão vencer as tentações da carne até o dia do casamento. 
 
9- Caso  os noivos não aceitem casar virgem, transem à vontade!
Façam o que quiserem!
Vão se catar!
 
Eu apenas faço um pedido.
Esqueçam os vestidos de noiva!
Abandonem o cerimonial poético dos casamentos!
Parem com essa palhaçada!
 
É muito possível que, no local do casamento, existam dois ou três caras os quais já provaram a fruta da noiva e umas cinco ou seis mulheres que já se divertiram com o bingolim do noivo.
Que coisa feia!
 
É a modernidade, Ilmar!
Argh!
 
10- Podem dizer que sou antiquado, ultrapassado, tolo!
Eu não ligo!
 
Vou continuar preferindo o período dos meus pais!
 
Ah! Que saudade do meu namoro na porta!
A namorada era fascinante, mas a época era mais atraente do que ela.
Os testículos doíam, porém as emoções eram indescritíveis.
 
Nesses dias inesquecíveis, usar um vestido de noiva fazia sentido.
 
Hoje, considerando o bacanal que prevalece durante o namoro, eu sugiro que as noivas casem usando camisola.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 02/05/2013
Reeditado em 02/05/2013
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