O dentista de São José dos Campos, que teve mais da metade do corpo queimada por dois bandidos, morreu na noite de segunda-feira.
 
Cerca de um mês antes, uma dentista também morreu após ter sido queimada durante um assalto em sua clínica.
 
Tais crimes, revelando grande desamor, me desanimam bastante.
 
2- Vi um programa televisivo mostrando as cenas de um empresário recebendo vários tiros.
Ele simplesmente estava retornando para casa quando surgiram os assaltantes e, poucos segundos depois, ele estava caído morto.
 
Um empresário que estava encerrando o dia de trabalho!
Vagabundos que, pretendendo tirar o fruto do labor honesto, encerraram uma vida.
 
3- Sempre ouvi dizer que a vida é uma dádiva que pertence ao Criador.
 
Eu concordo.
Se Deus nos oferta a oportunidade de viver, apenas Ele pode definir o término de nossas existências.
 
4- O meu objetivo não é defender a pena de morte nem despertar a ira contra os pilantras que matam ressaltando frieza e indiferença.
 
Talvez seja necessário pensar na causa dessas ações, imaginando o que estimula atos tão desumanos.
Parece importante analisar a nossa participação nessa triste história.
 
5- Nossa participação?
Como podemos ter alguma participação num assassinato cruel demais?
 
Eu me refiro à participação indireta relacionada à causa da violência.
 
6- Afinal de contas, qual seria a causa?
 
Seguindo as nossas vidas pacatas, será que nós estamos expressando violência?
 
Será que as nossas “pequenas violências”, de alguma forma, provocam tamanha barbaridade?
Ou será que a violência extrema de um crime desse tipo nenhuma ligação possui com nossas violências individuais e silenciosas?
 
7- Eu quero somente instigar uma reflexão.
A notícia que destaca a morte citada acima me deixou melancólico.
 
Onde fracassamos?
A sensação que eu tenho é de fracasso.
Concluo que a sociedade perdeu o rumo.
 
A ambição e o egoísmo são os males que provocam essa violência?
 
8- É fundamental rever os nossos atos?
Renovar as nossas aspirações pode sugerir uma saída?
 
Ou não devemos nos culpar?
 
9- Eu não sei, meus amigos!
Sinceramente eu não sei.
 
Hoje desabafo, mas, outras vezes, eu desejei escrever sobre o tema.
Assassinatos anteriores me abateram.
 
Dessa vez eu escrevi.
 
10- Imagino que os escritores possam colaborar.
 
Se refletirmos unidos sobre o tema, talvez encontremos uma solução.
Através dos textos nós incentivamos o pensamento sadio e as virtudes.
 
Tentemos tocar as almas severas e agressivas usando os nossos versos!
 
11- Certamente os bons exemplos e a repetição dos atos gentis ajudam.
 
O hábito da oração também auxilia.
Invocando a presença divina, nós teremos a inspiração que almejamos e necessitamos.
 
12- Finalizo homenageando o dentista Alexandre Peçanha Gaddy, a vítima que me estimulou a escrever este artigo.
 
Que Deus abençoe vocês, estimados leitores e queridas leitoras!
 
Que a luz do Pai Maior possa guiar os nossos passos incertos, anulando todas as lágrimas!
 
Um abraço!
 
Ilmar
Enviado por Ilmar em 05/06/2013
Reeditado em 05/06/2013
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