Acerca da polidez

“ Não sejas demasiadamente justo(...) Por que

te destruirias a ti mesmo?” Eclesiastes 7- 16

Creio que os homens exigentes, irritadiços e intolerantes tornam-se indesejáveis solitários.

Ser polido é, antes de tudo, não ser excessivamente justo, inflexível, implacável, duro.

Há objetos que, por mais limpos e tratados que estejam, jamais mostrarão uma beleza brilhante e luzidia, pois suas características essenciais intrínsecas não são as de um material luzente. Creio mesmo que, em alguns, a polidez é também uma impossibilidade de negar a natureza deles. E a falta de delicadeza , de gentileza e de amabilidade, vem, pouco a pouco, instala-se, cresce.

A polidez se avizinha da sabedoria de viver. Faz bem aos olhos e aos ouvidos. Sabe fazer luzir a estrela de outrem, sem bajulação.

Os faltos de polidez e educação não se dão conta de uma verdade: se agissem diferentemente, suas vidas seriam bem mais emocionantes e agradáveis. Com uma pitada de boa vontade, transigência e fineza em relação ao semelhante, a realidade se abrandaria.

Ah! Não é preciso levar tão a sério esta vida! Tão curta, tão carcomida pelo Tempo e tão prenhe de mortes!

Esther Lessa
Enviado por Esther Lessa em 17/06/2013
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