CICATRIZES

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

Há pessoas que nos falam e nem as escutamos;

Há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam.

Mas há pessoas que, simplesmente, aparecem em nossa vida...

E que marcam para sempre...

Cecilia Meireles

Em versos e prosas o dito da profecia popular nos ensina que quando Deus marca uma pessoa é para não perdê-la de vista. Na realidade somos o que somos em qualquer lugar do universo. Deus sabe de que lado as ovelhas e os cabritos estão, inclusive na eternidade, segundo nos ensina as Sagradas Escrituras.

Assim sendo certa vez recebemos um texto de autor desconhecido onde afirmava que “há alguns anos, em um dia quente de verão, um pequeno menino decidiu ir nadar no lago que havia atrás de sua casa”, até aí tudo muito bem, principalmente se si tratar de um país tropical do tipo Brasil, se for o caso, não sei se tal sena se passara no nosso país, porém, o texto continuava afirmando de que “na pressa de mergulhar na água fresca, foi correndo e deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa”, tamanha era a sua vontade de tomar banho em que “voou para a água, não percebendo que enquanto nadava para o meio do lago, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água” e foi aí um o instinto materno falou alto, e bota alto nisso, em vendo o perigo porque passava o filho “sua mãe, em casa, olhava pela janela enquanto os dois estavam cada vez mais perto um do outro”. O perigo do menino se encontrar no leito do açude com o jacaré era iminente, de modo que sua mãe “com medo absoluto, correu para o lago, gritando para o seu filho o mais alto quanto conseguia”. De modo que in loco o menino em “ouvindo sua voz, o pequeno se alarmou, deu um giro e começou a nadar de volta ao encontro de sua mãe”. É certo que o ditado popular enfoca que coração de mãe não se engana, “mas era tarde”, pois “assim que a alcançou, o jacaré também o alcançou”, incontinenti “a mãe agarrou seu menino pelos braços enquanto o jacaré agarrou seus pés” com seus dentes ferozes. Tem inicio aí a batalha de vida e/ou morte do menino e que sua mãe também corre igual perigo, uma vez que “começou um cabo de guerra incrível, entre os dois”, haja vista que “o jacaré era mais forte do que a mãe, mas a mãe era por demais apaixonada para deixá-lo ir”, ato contínuo, a providencia de Deus nunca falha para os seus, foi quando apareceu “um fazendeiro que passava por perto, ouviu os gritos, pegou uma arma e disparou no jacaré”, sem pensar duas vezes que estava cometendo um crime ecológico para salvar duas vidas: a mãe e o menino, assim “de modo impressionante, após semanas e semanas no hospital, o pequeno menino sobreviveu”, mesmo tendo “seus pés extremamente machucados pelo ataque do animal, e, em seus braços, os ricos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço sobre o filho que ela amava”, e assim “um repórter de jornal que entrevistou o menino após o trauma, perguntou-lhe se podia mostrar suas cicatrizes”, foi quando “o menino levantou seus pés. Então, com óbvio orgulho, disse ao repórter: mas olhe em meus braços”, pois, “eu tenho grandes cicatrizes em meus braços também”, de modo que “eu as tenho porque minha mãe não deixou eu ir” , isso é um fato muito interessante que marcou sua vida.

É uma lição de vida onde “você e eu podemos nos identificar com esse pequeno menino”, segundo o autor do texto mencionado, pois, fica evidenciado que “nós também temos muitas cicatrizes” em nosso corpo e em nossa vida familiar, política, social, profissional e religiosa. E o relatório enfatizado pelo autor diz que “não a de um jacaré, ou qualquer coisa assim tão dramática”, onde se evidencia que “mas as cicatrizes de um passado doloroso”, o que vale dizer que “algumas daquelas cicatrizes são feias e causam-nos profunda dor” e continua o menino dizendo que “mas, algumas feridas, meu amigo, são porque Deus se recusou a nos deixar ir”, é uma grande profissão de fé de uma criança para os dias atuais, onde a juventude precisa se reencontrar com seu Deus. Então “e enquanto você se esforçava, ele estava lhe segurando”, de modo que “se hoje o momento é difícil, talvez o que está te causando dor seja Deus cravando-lhe suas unhas para não te deixar ir”, por analogia as unhas da mãe do menino.

Devemos sempre se lembrar do jacaré e muito mais ainda “daquele que mesmo em meio a tantas lutas nunca vai te abandonar”, porque “Deus certamente vai fazer o que for necessário para não te perder, ainda que para isso seja preciso deixar-lhe cicatrizes” e “se esta mensagem tocou seu coração, não seja egoísta e divida com outros, pois edificou muito a minha vida e acredito que edificará outras também” e por fim devemos sempre enfocarmos que todos nós somos especiais para Deus em qualquer momento de nossa vida.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 11/07/2013
Código do texto: T4382084
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.