A informação conduz ao domínio

Nenhum governo subsiste sem as virtudes do espectro das informações, sejam elas no campo político, administrativo, econômico, social ou pessoal. Elas versam sobre o próprio sistema e arrolam questões conjunturais equidistantes. Sem conhecimento do que se passa ou poderá advir, o administrador submete-se ao fracasso, pois as surpresas são nefastas. A informação não é um sistema ideológico, não conspira contra nenhuma administração, não é retrógrado e nem retrocesso, muito menos progressista, simplesmente é altamente pertinente, ela é cogente, trata-se de um estratagema político-administrativo, uma luz no fim do túnel que orienta a todos. A conquista da informação de Estado não pode ser confundida com espionagem delituosa. Um governante não pode ser surpreendido por quem sabidamente tenha ocupado seus caminhos, seus espaços, simplesmente por que não quis ter acesso às informações. Só não pode é se meter onde não lhe é cabido. Tudo deve acontecer com ética e profissionalismo. Para dominar é oportuno se antecipar e buscar conhecimentos sobre tudo e sobre todos em torno dos interesses dispersos pela administração e de relevância pública, quer material ou intangível. Ganhará quem dispor de mais informações em tempo hábil. Quem não aposta na busca de informação, por fim é passivamente espionado ou ficará desacreditado. Um exemplo clássico, prático e recente foi a onda das manifestações populares que irromperam por ocasião da Copa das Confederações no território brasileiro em todas as vias públicas de norte a sul do país, quando, de forma inusitada as ruas foram ocupadas e tomadas pelos manifestantes para apresentar seus supostos protestos e desrespeitos à democracia e à ordem pública. O fato é que o poder público desconhecia essa possibilidade e foi apanhado de surpresa, apesar de todos os acertos e programas constarem nas redes sociais, e, como os indivíduos se sentiram muito à vontade no seu anonimato, arbitrariamente ocupando o espaço público para a baderna, o movimento logo migrou do permissivo democrático para o extremo da ilegalidade pelos atos de vandalismo criminoso, numa ação delinquente sem precedentes. Por desconhecer esta informação, o País está pagando caro por aquela postura desinteressada dos entes governantes, os quais ainda se encontram atônitos com essa onda de greve que mistura protestos legítimos com ações de quebra-quebra que nos remete às ações dos vândalos na idade média. O poder do governante se respalda na faculdade do conhecimento. É necessário saber tudo, antes, durante e depois de qualquer fato. Aviso: para governar é proibido desconhecer. Regra válida para o presente, passado e futuro.