Como ainda estamos na infantilidade moral-evolucional sobre o planeta Terra, o problema não seria não morrer mais na mesma carcaça física que animamos atualmente. O problema seria lembrarmos vivamente de tudo que nos aconteceu nos ciclos naturais anteriores. Isso barraria fortemente a evolução consciencial e multicorporal de ciclo em ciclo.
Por isso o gamer universal criou um método do jogo que nos impede de lembrarmos conscientemente como foi que jogamos no chamado "ciclo natural" anterior (e que espiritisticamente se chama 'reencarnação'), a fim de nos possibilitar jogar melhor na atual etapa, contando apenas com a experiência armazenada na memória atávica ou memória inconsciente.
Enfim, somos imortais e não sabemos. É como a própria Bíblia diz:
 
 
“...nós somos de ontem e nada sabemos; Nossa vida sobre a Terra é apenas uma sombra.” - Jó, 8:9, que parece ter inspirado Platão na construção da sua Alegoria da Caverna.
 
 
Como estamos na atual etapa-encarnação no saloon terráqueo?
Agora, um problema que quase nenhum jogador-jogado aqui do tabuleiro geocrostal percebeu ainda é que a etapa atual é a última antes de se iniciar um nível mais avançado (espiritisticamente chamado de "mundo de regeneração") no grande jogo da vida imortal. E um problema à parte ainda é que as peças (cartas, cubos, fichas, em suma, condições congênitas de vida...) que serão distribuídas na primeira etapa do próximo nível do jogo serão bem diferentes das atuais. E muitos não estarão preparados para entender as regras do novo nível, pelo que serão impelidos a mudar de saloon por algum tempo. Mas a vida-jogo continuará. Estamos fadados a viver-jogar eternamente.
 
In opportuno tempore, reproduzimos dois trechos do nosso livro “Conscienciosofia Prática”, para jogar mais um pouco com as palavras (que também são peças de jogo) a respeito do tema:
 
Ainda na cotidianidade em curso, existe um pré-destino inicial básico para cada etapa existencial de todo ser humano, montado inclusive a partir do relatório das ações de cada um na etapa anterior.
Entendamos por “etapa” não só a atual existência física em que vivemos, mas, também, cada segundo da nossa existência que mobiliza uma ação, uma reação, uma ação-reação ou uma reação-ação. O que fazemos no presente cotidiano ou no presente encarnacional pré-define o que nos será feito no futuro cotidiano (ainda na atual carne) ou no futuro pós-encarnacional, a princípio.
Deus não é somente justo. Ele é poderoso, mas também é ponderoso. Ele é “bom”, embora não indulgente em relação a nosso passado, ao nosso presente e em relação até mesmo ao nosso futuro. Mas, através daquela “lei” do “muito será cobrado a quem muito foi dado”, Ele leva em conta condições histórico-ambientais, cognitivas e conscienciais na hora de exercer o rigor da pena corretiva (que também é uma forma de amor) sobre cada um de nós, através da lei da justiça. Permite até parcelamento de dívidas (desde que seja até o último centavo)! Mas admite também conversão da pena, quando o apenado passa a amar, ou seja, a corrigir seus erros do passado fazendo o oposto.
 
{"O xadrez é o mundo. As peças são os fenômenos do universo. As regras do jogo são as leis da natureza. O jogador do outro lado está oculto de nós." - Thomas Henry Huxley (1825-1895), biólogo britânico.}
 
Por outro lado, muitas ferramentas adicionadas servem para, aparentemente, dificultar o cumprimento, como que para testar o pré-destinatário.
Esse é um jogo do Cosmo com cada ser humano em particular. Embora nem sempre aparente, este jogo é sempre no fair play, ou seja, honesto e leal, considerando, inclusive, as condições técnicas de cada adversário. Ele dá antes a cada um o cobertor apropriado para o frio que cada um deverá suportar no decorrer do jogo, mesmo para alguém que eventualmente retirou o cobertor de muita gente no passado. É um jogo-campeonato longo e cheio de níveis e divisões, dos mais fáceis aos mais difíceis. Faz parte das regras.
Já o jogo do “adversário” (cada ser humano) é que às vezes é escuso, atrapalhado, mal conduzido, cheio de decisões de lances equivocadas, um horror! Isso costuma atrasar muito cada partida. Mas o Cosmo é paciente e sempre aguarda e até ajuda o adversário a se recompor e a aprender cada vez melhor quais são as regras do jogo e como segui-las. Dá-lhe até algumas dicas e macetes preciosos, para facilitar-lhe a vitória definitiva. Afinal, é isso que o Cosmo quer: que cada um vença, não a ele em si, mas a si próprio. E nesse jogo, vencer é avençar e avançar sempre no tabuleiro evolucional.
O Cosmo ou Universo, em verdade, é apenas um guia turístico, que usa o jogo como mapa para atrair (ou empurrar) cada ser rumo ao objetivo final de todos, de uma forma ou de outra.
Isso, contudo, não retira a responsabilidade pelos atos de cada um de nós sobre nós mesmos e sobre o mundo, em que pese às reconhecidas camadas vibracionais menores que vivem a tentar empurrar-nos em sentido oposto, o que também faz parte da ida.
E esse objetivo maior não é exatamente o alcance da felicidade. Esta é apenas um meio de transporte facilitador e acelerador da caminhada. O grande e final objetivo do campeonato é conhecer o Supremo Criador do jogo, das regras, dos gramados, tabuleiros, quadras, pistas e tatames e de todos os jogadores e suas jogadas ensaiadas ou improvisadas. Enfim, é conhecer a Inteligência Criadora, Administradora e Controladora que há por trás, por cima e por dentro de tudo que existe, inclusive com poderes de conhecer o que cada jogador fez, faz e fará em derredor de cada lance.
Consequentemente, é de se concluir que o Engenheiro Supremo que criou todos os games e gamers é o único que não joga, por não ver qualquer sentido em jogar sabendo do jogo interno de cada jogador.
E quando chegaremos ao nível máximo do jogo? Quando surfaremos enfim a onda perfeita no mar da evolução? Nunca! Porém, tentar alcançar o impossível é que é mais excitante e faz a eterna duração do campeonato, cheio de jogos, turnos e returnos, repescagens e zonas de classificação e de rebaixamento, ter algum sentido e ser sempre bacana de se jogar.
Ficar feliz com cada vitorinha diária, inclusive sobre as próprias infelicidades, dores e tristezas também de cada dia, é que já dá uma certa cotidianização ao prosseguimento infinito do certame.
Não é o caso de se procurar ficar infeliz de caso pensado, mesmo porque, assim como a felicidade, também a infelicidade não é necessariamente deste mundo.
O empenho maior é assumir a inevitável infelicidade, após cada derrota, também como impulsão para uma nova tentativa de vencer a próxima batalha de cada etapa. A esperança de ser feliz amanhã justifica qualquer continuidade da peleja de hoje, desde que se busque usufruir da felicidadezinha de já estar em campo atualmente, com ou sem as vitórias pessoais pretendidas.
O importante é não jogar à toa em cada etapa, em cada lance. É melhor prestar sempre atenção ao jogo, para ir vencendo etapas e passando para níveis cada vez mais excitantes e decisivos, embora cada vez mais profundos. Depende muito do método e de sua velocidade e duração que cada um usa para fazer os lances e para entender os lances já feitos e a fazer do adversário. São vários métodos em jogo: os seus, que vão se alternando e evoluindo com a experiência, e os do adversário, que também tem seus truques ocultos.
 
Não importa muito os métodos, nem sua velocidade, nem que eternidade durou ou quando foi largado por cada um de nós. Só não podemos é largar de mão a nós mesmos. Isso nunca. Isso é perder a etapa atual do jogo, por impaciência e descuido infantil. Vai atrasar muito a partida de cada um e todo o jogo coletivo da humanidade. E o pior é que a partida de cada um e o campeonato geral são irrenunciáveis, até o infinito.
 


 
“E pode crer que o jogo de Deus não é de dados.
Esta é uma referência à célebre afirmação de Einstein de que “Deus não joga dados”. Foi uma crítica do famoso cientista à Física Quântica, então recém-descoberta (anos 20), cujos primeiros defensores afirmavam que as forças do Universo funcionam a partir de frias e inevitáveis leis estatísticas, não a partir de forças ocultas inteligentes. Einstein, por sua vez, foi contestado pelo cosmólogo e escritor britânico Stephen Hawking (1942, ocupante da cátedra que pertenceu a Isaac Newton, na Universidade de Cambridge), o qual afirmou que "Deus não só joga dados, como os joga onde não podemos ver". Bem, pelo menos este debatedor póstero reconhece a existência de Deus, embora o confunda com um jogador. Na metafórica visão dele, Deus tem poderes limitados a seus próprios truques ocultos. Não tem, por via de decorrência, poderes de capturar os lances idealizados e intencionados na mente dos oponentes, que somos nós.
 
{"A Natureza não esconde seus segredos por malícia, mas, sim, por causa da própria altivez... O Senhor é sutil, mas não malicioso. O que eu quero é conhecer os pensamentos de Deus... O resto é detalhe". - Albert Einstein}
 
Em verdade, o jogo cósmico é o conjunto infinito de exercícios de uma matemática altamente sofisticada, para fazer funcionar a engrenagem dos mundos, de forma perfeita, justa e impulsionativa para um lance final do que será, ou melhor, do que seria, se houvesse um fim. E seria o fim de jogo mais espetacular de todos os tempos!
Nunca haverá um fim. Mas sempre haverá um futuro, e é essa certeza que nos move a esperança e as lutas garantidoras das melhorias em todos os sentidos, para hoje e, no mínimo, para o próximo fim de semana.
 Porém, se no nosso caderno de casa respondermos certo o jogo da aritmética relacional daqui do terra a terra, preenchendo corretamente os claros que se nos colocam, os resultados do jogo cósmico serão sempre a nosso favor, mesmo que alhures e adiante.
É certo que o jogo horizontal de nós conosco mesmo já é um jogo complexo, cheio de questões-lances difíceis e de respostas-lances tão difíceis quanto. Mas nada que nenhum de nós fique impedido de ir resolvendo, inclusive porque vale pescar, vale trabalho de equipe, vale perguntar, vale ajudar e vale até consultar dicas e macetes, que estão por todo lado, a mancheias. E nestas se incluem as dicas superiores, que são “quase literalmente sopradas” de onde nós menos imaginamos, e que vêm em forma de intuições, inspirações, pressentimentos, sonhos etc. É só se predispor a decifrar.”
 
Josenilton kaj Madragoa
Enviado por Josenilton kaj Madragoa em 25/12/2013
Reeditado em 25/12/2013
Código do texto: T4624776
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