JOHNNY CASH - O HOMEM DE PRETO E SUA RELAÇÃO COM A FÉ

Johnny Cash, artista contemporâneo de Elvis Presley, teve sua vida transformada pela religião

O título acima não é por acaso. Além de dar nome a um dos discos de Johnny Cash, encaixa-se perfeitamente naquele que é considerado um dos maiores gênios da música americana. Cash é um dos poucos músicos presentes nos dois halls da fama: o da country music e o do rock and roll. Nada mal para um sujeito que quase pôs tudo a perder – inclusive a própria vida – pelas drogas, mas deu a volta por cima e consolidou-se como ícone pop em um país que costuma devorar seus ídolos.

Cash pode ser chamado de dinossauro. Ele nasceu em 1932 e passou a infância trabalhando nas fazendas de algodão do Arkansas, até que, aos doze anos, um acidente no moinho pôs fim à vida de seu irmão mais velho – Jack quase foi serrado ao meio. Traumatizado com a tragédia, Johnny Cash começou a compor poemas e canções gospel, além de participar de concursos musicais. Depois de ficar um período na Alemanha a serviço da Força Aérea dos Estados Unidos, ele retornou a sua terra de origem e formou a banda Tennessee Two, apresentando-se em festas e igrejas, sempre vestido de preto – estilo que o tornou popular.

Quarteto de ouro – Em 1954, casou-se com Vivian Liberto e, um ano mais tarde, passou a fazer parte do cast da lendária Sun Records, formando o quarteto de ouro com Elvis Presley, Carl Perkins e Jerry Lee Lewis. Não permaneceu lá por muito tempo, alegando a pretensão de gravar um disco somente com hinos cristãos, idéia descartada pelo chefão da gravadora. Mas o estouro do gênero rock androll nos anos 60 elevou Cash à condição de celebridade. A fama cobrou-lhe alto preço – a pressão exercida pelo sucesso o fez mergulhar nas anfetaminas e barbitúricos, desestabilizando seu casamento e arruinando a relação com as duas filhas. O artista até chegou a ser preso, por transportar drogas.

Foi aí que entrou em cena a cantora, comediante e atriz Valerie June Carter, proveniente de uma tradicional família de músicos. Foi ela que o ajudou a superar os problemas com as drogas e incentivou sua fé em Deus. Cash engajou-se, então, na evangelização e pregação da Palavra. “Eu não sou um artista cristão; eu sou um artista que é cristão”, afirmava. Recentemente, a vida de Johnny Cash foi retratada no filme Johnny & June, que traz Joaquim Phoenix (Gladiador, Um sonho sem limites) e a “queridinha” do momento em Hollywood, Reese Witherspoon (que faturou o Oscar de melhor atriz ao interpretar June Carter). Aliás, os atores foram escolhidos pelo próprio casal, estratégia que acabou dando bons frutos. Sabe-se lá se “Johnny & June” evangelizou tantas pessoas, mas recebeu vários prêmios, inclusive o Globo de Ouro de melhor filme.

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JDM

José Donizetti Morbidelli
Enviado por José Donizetti Morbidelli em 10/05/2007
Reeditado em 04/10/2022
Código do texto: T482245
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