Cristo Redentor - a incansável campanha das sete maravilhas...

Quem vê, nas novelas, filmes, seriados, jogos de futebol e reportagens, a imagem do Brasil, associa diretamente à visão em torno do Cristo Redentor e, a seguir, a do Pão de Açucar e do Maracanã, como reflexo ainda contínuo da vocação turística da cidade do Rio de Janeiro e como o resquício da influência político-cultural presente, mesmo depois que a cidade deixou de ser o Distrito Federal em abril de 1960.

Ultimamente, desde meados de 2006, pouco se falava a respeito da campanha para a escolha do Cristo Redentor sobre uma das sete maravilhas do mundo. Não era alerdeado pela grande imprensa e por parcelas da mídia, na função de satanizar a vocação turística do Rio de Janeiro, por notícias relacionadas à criminalidade e à falta de segurança pública, em um clima subjacente de histerismo e pânico, como se a cidade carioca vivesse em plena guerra civil. Por outro lado, esqueciam-se que o Rio de Janeiro sempre foi um ponto de ressonância política e cultural. Ou se não esqueceram, pontualmente omitem as contribuições que a cidade traz - inclusive com as simbologias que se confundem com a marca identitária nacional. E dentre elas, o símbolo inconfundível é o do Cristo Redentor, abraçando os milhões de brasileiros e turistas do exterior que se hospedam no Brasil.

Uma iniciativa isolada, feita pelo ex-Vereador e hoje Deputado Federal pelo PDT fluminense, Brizola Neto, foi feita, prestigiando o Cristo Redentor. Inicialmente, com a concessão da Medalha Pedro Ernesto ao Sávio Neves, um dos grandes responsável pelo Turismo no Cristo Redentor, foi o caráter simbólico inicial de serviço aos serviços relevantes e o apoio formal de parcela representativa da população carioca ao Cristo Redentor como símbolo maior. Já na Câmara dos Deputados, como 1º Vice-Presidente, Brizola Neto, com o apoio dos parlamentares, conseguiu que a Câmara dos Deputados fizesse, já em seu portal, uma campanha para que o Cristo Redentor se transformasse em uma das sete maravilhas do mundo, gerando mais divisas, rendas e empregos ao país.

Seja como for, a iniciativa inicial da Câmara dos Deputados, encontrou eco no ramo hoteleiro e turístico e mais tarde, de forma inconteste, uma parcela da mídia passou a concentrar seus esforços na campanha a favor do Cristo Redentor na condição de uma das 7 maravilhas do mundo. Não tendo outra solução, hoje, grandes parcelas da sociedade civil e até o próprio Presidente Lula apóiam hoje o Cristo, no sentido de trazer visibilidade ao país e assegurar a auto-estima nacional.

Sem quaisquer bairrismos em questão, o mais importante está na imagem que o Cristo Redentor representa para o país, seja no ponto econômico, turístico ou mesmo na cultura nacional. A nós, brasileiros, cabe apoiarmos um movimento que resgata o papel importante do Brasil no exterior - entre as imagens que o país carrega positivamente. E dentre eles, não devemos furtar-nos de nossa missão.