REENCONTRO FAMILIAR

REENCONTRO FAMILIAR

Por Aderson Machado.

A vida é cheia de encontros e reencontros. E quando esses reencontros são entre família, melhor ainda. E se for entre pais e filhos, nada mais salutar. É um acontecimento inefável, mormente quando esses encontros não são muito frequentes.

Quando se trata de reunião familiar, inevitavelmente esse fato me remete aos meus saudosos tempos de adolescente. Pois bem, com apenas treze anos de idade eu deixei o meu doce lar para ir estudar longe de casa. Era uma nova experiência de vida, por sinal muito dura para um pré-adolescente. Fui estudar em uma Escola Técnica Federal, em regime de internato. A Escola, ou Colégio, como era chamado, tinha lá as suas regras de conduta para o alunado. Com efeito, havia um regimento a ser seguido. E obedecido rigidamente. Destarte, havia hora para as refeições, para se deitar, para acordar. E por aí vai... Mas que diabos tem tudo isso com relação ao título deste texto? É que, como passara a estudar longe de casa, eu ficara contando os dias e as horas para saber quando iria visitar os meus genitores, que ficaram para trás. Aí ficava na expectativa de chegar logo o Carnaval, Semana Santa, férias de meio e final de ano. Era nesses períodos que tinha a oportunidade de ir para casa para me reencontrar com meus adoráveis pais, bem como os amigos de infância. Eram momentos inesquecíveis! E assim a vida continuava. Era a alegria de voltar para casa, e a tristeza ao retornar para o Colégio. Esse ciclo, para mim, perdurou durante cinco longos anos. Parecia uma eternidade...

Já como pai, tive de me separar de minhas filhas de forma até certo ponto precoce, porquanto a primogênita tinha menos de dez anos quando tudo aconteceu. Foi um período difícil de minha vida, mas tive que procurar, não sei onde, forças para suportar essa separação indesejável. Afinal, quando casamos não passa pela nossa mente o fato de um dia o casamento desandar... e acabar. E aí o pai ou a mãe pode ficar privado de ficar com a guarda dos filhos. No meu caso, sobrou pra mim esse infortúnio. Fazer o quê? Mas a vida continua. E três filhas, ainda meninas, ficaram na saudade. Aí, me reportando aos tempos de Colégio, quando contava os dias para me reencontrar com meus pais, desta feita ficara contando os dias para me reencontrar com minhas filhas, que passaram a residir num outro Estado da nossa Federação, muito embora ficasse situado na mesma região nordestina. Menos mal.

Com o passar dos anos, essas meninas cresceram. Estudaram, se formaram, ingressaram na vida profissional e foram trabalhar na Bahia, deixando o convívio da mãe. Apenas a mais velha ficou convivendo com a genitora. É dispensável frisar que a saudade se fez sentir com a ida das duas que foram morar e trabalhar em terras baianas. Assim, ficamos todos espalhados: Eu, pai, residindo em Pernambuco, duas filhas morando e trabalhando na Bahia, outra filha assistindo e trabalhando em Maceió. Ficou assim a configuração. Mas depois dessa separação toda, finalmente chegou o grande momento do tão sonhado encontro, que aconteceu, recentemente, em Maceió/AL. Foi um reencontro memorável, graças a Deus.

Por fim, espero que outros mais aconteçam, com mais frequência, para a alegria de todos nós!

Floresta/PE, 05 de novembro de 2014.

Aderson Machado
Enviado por Aderson Machado em 05/11/2014
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