FAZER AMOR!?

O verdadeiro amor é a expressão máxima de um desejo de felicidade constante para com o ser amado.

O ato sexual sem dúvida alguma, é gerado por uma forte atração física entre duas pessoas, sem ser preciso necessariamente existir amor.

(Salmo Calazans)

Sem querer de maneira alguma entrar em polêmica com tantos pensadores de renome que em vários momentos tentaram e tentam até hoje confundir-nos com a interpretação dessa palavra tão bela à qual em muitas ocasiões encontramos na Bíblia Sagrada como a maior expressão do sentimento tanto de Deus para com todos nós, quanto do homem para com Deus; para com os pais; para com toda a família; para com os amigos; para com os irmãos em Cristo; para com toda a criação divina e também entre os casais. Categoricamente afirmo que definitivamente não posso aceitar a expressão que muito comum é usada diariamente pelo povo "fazendo amor" ou "fazer amor". Acho que é muita pretensão de quem assim procede imaginar que teria a divina capacidade de "fazer" ou em outras palavras "criar" algo que como todos àqueles que têm o mínimo conhecimento bíblico sabem que existem coisas no mundo que só a divina sabedoria de Deus é capacitada para criar.

Compararmos a palavra "amor" com desejo ou ato sexual, é no meu entender, no mínimo um grande desvio da verdadeira interpretação que nosso Pai quis empregar a esta linda e sublime palavra criada por Ele.

Apenas para "refrescar" a nossa memória, vejamos o que diz a Bíblia Sagrada versão de João Ferreira de Almeida em I Aos Coríntios 13: 1: 7: Ainda que eu falasse as línguas dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno: o amor não é invejoso: o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece,

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Podemos observar que em nenhum momento, esse capitulo fez qualquer referência que mesmo algum "desavisado" pudesse fazer alguma ligação entre a palavra "amor" com o ato sexual.

Por estarmos escrevendo nossa opinião sobre este assunto para pessoas de princípios cristãos, não vimos motivo para pesquisarmos em outros tratados culturais ou moralisticos outras definições para solidificarmos o que pensamos sobre esta linda palavra criada por nosso Deus.

Concluindo, gostaria de afirmar que fazermos qualquer tipo de ligação entre a palavra amor e o ato sexual em si, é no mínimo um grande desrespeito aos ensinamentos bíblicos e também uma grande prova de desinformação.

O sexo entre marido e mulher é um complemento sadio de uma união a dois, porém, entre pessoas que não estão ligadas pelo sagrado vinculo matrimonial não é permitido por nosso Criador.

É muito comum vermos estampados nos jornais profanos, anúncios de pessoas de ambos os sexos oferecendo-se para a prática de ato sexual em troca de importâncias em dinheiro, seria isso amor? A meu ver esta atitude chama-se "adultério". E ainda segundo a Bíblia Sagrada o "adultério" nada mais é do que pecado, e ainda segundo esta grande obra inspirada por Deus, o pecado leva a morte.

Por este motivo, seria mais prudente ao povo de Deus, o qual na verdade tem obrigação de vigiar-se com mais atenção, para que procure ter um pouco mais de cuidado e não deixar-se levar pelo "modismo" que geralmente é criado pelo "mundo" e saiba separar estas duas palavras que conforme comprovamos tem um significado totalmente diferente uma da outra, para que assim procedendo, não sejamos pegos de surpresa pelo maligno que tenta nos enlaçar pelos meios mais torpes e enganosos que só a fértil imaginação do mesmo pode criar.

O autor é membro Efetivo da Academia Cachoeirense de Letras,

fundador e primeiro presidente eleito da Casa da Cultura de Cachoeiro de Itapemirim, atualmente denominada Casa da Cultura Roberto Carlos.