DO MEU ÍNTIMO

Dentro de mim, as imagens são tortas.

Uma mistura de fumaça, plasmódica,

uma aurora sem cor, um corpo sem asas,

cego, tem unhas que ferem o meu estômago.

Se não fosse um sonho, se fosse realidade,

eu aniquilaria tudo que pretendo fazer.

Quando acordei, vi um corpo diferente,

o mesmo motivo guardado antes do sonho.

Um ser completo, cheio de cores,

com olhos lindos, espírito perfeito.

A aflição que senti no sonho, foi esquecida.

Você estava ao meu lado, completa,

com toda a plenitude que o meu coração precisa.

Um manifesto que não pode ser lido;

Um pensamento dolorido e sentido.

O laço desatou-se nas veias do meu pescoço;

Os meus passos estão nas lembranças do passado.

Eu tenho que declarar guerra.

Do meu pensamento, precisam saber.

Sou um arauto pregando velhas boas-novas.

O meu presente é um vinho velho.

Pedro Simao Rocha Matos
Enviado por Pedro Simao Rocha Matos em 13/02/2015
Código do texto: T5135484
Classificação de conteúdo: seguro