1 TEMA
 
Ludicidade em Geografia e História
 
2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
 
A ludicidade dentro do ensino doa Anos Iniciais da Educacional do Fundamental I.
 
3 INTRODUÇÃO
 
Este trabalho tem como foco principal conhecer novos métodos de trabalhar a ludicidade no ensino da Geografia e da História em uma turma de séries iniciais do Ensino Fundamental.
Nesse sentido é sabido que a Geografia apresenta um papel imprescindível no ensino básico porque revela o mundo, ou seja, leva o aluno a compreensão do lugar onde ele vive ajudando a muda-la. E a História apresenta um papel igualmente importante no ensino básico porque revela as vidas, as culturas e as coisas do tempo passado, cuja importância está na construção do ser social. 
Sendo assim, a Geografia é uma ciência que tem o objetivo de estudar a superfície terrestre bem como a sua distribuição espacial de fenômenos geográficos.

E, a História é uma ciência que investiga o passado da humanidade e o seu processo de evolução, tendo como referência um lugar, um povo ou um indivíduo específico. A Geografia e a História são umas das matérias escolares que mais se aplicam nos dia a dia, pois trabalham o espaço em que o aluno está inserido, desde aspectos físicos, econômicos, ou humanos. Enquanto a História através de estudos, obtém-se um conjunto de informações sobre processos e fatos ocorridos do passado que contribuem para a compreensão  não só de uma comunidade, mas também de eventos ou organizações de diversos tipos.
A história do futebol, por exemplo, conta os acontecimentos mais importantes desse esporte, desde a sua criação, até os dias de hoje. “A Geografia tem um caráter particularmente heterogêneo; se por um lado, ela se alinha entre as ciências da natureza, por outro, ela se situa entre as ciências do homem” (Mendonça, 2001, p. 16).
 
3 JUSTIFICATIVA
 
Como sabemos o lúdico, sempre esteve relacionado ao brincar, no entanto, é preciso que os educadores sejam capazes de identificar nas brincadeiras maneiras de usá-la pedagogicamente, entender como a criança fará uso da ludicidade para abrir caminho rumo a sua aprendizagem. Winnicott (1979) colocou o lúdico como facilitador do crescimento e, portanto, gera saúde. O brincar como condutor dos relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação. Grandes pesquisadores como Winnicott (1979). Luckesi (1996), Kishimoto (1999), dentre outros, são fontes inspiradoras quando, como no trabalho aqui proposto busca-se investigar o lúdico como instrumento facilitador da aprendizagem e socialização de crianças em período escolar. 
 
Celso Antunes (2001) Ver a norma da ABNT 10520 para citações em concordância com os autores já citados argumenta da seguinte forma: 
"Um professor que adora o que faz, que se empolga com o que ensina, que se mostra sedutor em relação aos saberes de sua disciplina, que apresenta seu tema sempre em situações de desafios, estimulantes, intrigantes, sempre possui chances maiores de obter reciprocidade do que quem a desenvolve com inevitável tédio da vida, da profissão, das relações humanas, da turma..."(consultar a ABNT 10520 para citações bibliográficas p.55). 
 
 
5 OBJETIVOS
5.1 Geral
 
Reforçar a interação do profissional da educação com o universo da ludicidade no processo ensino-aprendizagem dos educandos da Educação Fundamental nas Séries Iniciais.
5.2 Específicos
 
. Apontar porque alguns professores se detêm pouco e outros se detêm muito a ludicidade.


. Explicar o propósito da ludicidade.


. Identificar problemas dentro da ludicidade.
 
 
6 PROBLEMA
 
Quais os passos a serem seguidos pelo pedagogo no ensino da ludicidade nas matérias da Geografia e de História?
 
7 METODOLOGIA
 
Conhecer para Aplicar. “Para abraçarmos uma proposta pedagógica lúdica é fundamental que brinquemos e, para brincar
precisamos colocar-nos em jogo, arriscando-nos com alegria e conquistando essa alegria com nossos parceiros”. (Pinto, 1995, p. 25).

Perante o exposto por Pinto, entendemos que se quisermos criar ambiente e clima favorável a uma educação, que considere o lúdico como ferramenta importante, a nos auxiliar em nosso trabalho pedagógico como uma metodologia atraente e prazerosa, deve-se tecer ação-reflexão-ação sobre sua origem em prol de que, sua aplicabilidade seja satisfatória.
Sabemos que, o lúdico faz parte da história da humanidade desde o início das civilizações, o elemento lúdico teve papel importante na criação da cultura, e vem contribuindo para o desenvolvimento do ser humano, em todos os seus aspectos socioculturais.

E levar essa metodologia tão atrativa para a sala de aula nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, implica em conhecermos as diversas possibilidades
para desenvolvermos nosso trabalho, até mesmo sob o alicerce das próprias Leis e Estatutos que regem a educação.
Deve-se ressaltar que, a compreensão do lúdico dentro de toda sua subjetividade proporciona a solidificar as relações professor-aluno, sob uma perspectiva duradoura em prol do processo ensino aprendizagem que instiga os educandos à buscar constantemente seu amadurecimento intelectual, pelo prazer de aprender.
Portanto, as ações a serem colocadas em prática, na sala de aula sob a perspectiva lúdica, devem
ser alicerçadas de um conhecimento de fato sobre, elaboração, construção e de como aplicar. Mantendo perceptíveis os objetivos a serem alcançados.
como ter a noção das dificuldades que os mesmos
encontrarão.

O trabalhar com o lúdico propicia que o professor lance questões desafiadoras à sua turma nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, levando-os a
pensar e consequentemente promovendo questionamento, resolução de problemas na maioria das vezes em grupo, o que vem a ocasionar o despertar
do cooperativismo.
Sabe-se que, quando a criança brinca ela demonstra prazer em aprender.
E por meio desta brincadeira tem a oportunidade de satisfazer seus desejos. Torna-se capaz de vencer seus medos, sente-se mais seguro em enfrentar os desafios com segurança e confiança.
Ao levar seus alunos a “brincar”, o professor os auxilia para que desperte suas fantasias, fator muito importante, pois desperta seu potencial criativo.
Como destaca Rodari (1982, p.142), [...] que o professor é um promotor da criatividade e não mais apenas um transmissor de um saber pronto.
Para Cavalcante (1995), é importante que o professor em seu trabalho junto às crianças:
• Considere as hipóteses que as crianças formulem.
• Observe e registre as “teorias” espontâneas
que aparecem em consequência aos jogos e brincadeiras.
• Organize atividades em que as crianças em seu grupo ou individualmente possam resolver.
• Coloque as crianças em contato com diferentes fontes de informação sobre os temas eleitos.
• Considere e integre aos conteúdos das atividades que propõe a experiência anterior das crianças.
 
Assim, constata-se que, o professor assume papel fundamental como mediador no processo de construção do conhecimento para o aluno nos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental.
Sendo perspicaz em não criar dicotomia entre teoria e prática; pois sabemos que ambas se complementam mutuamente, para uma educação que contribua para a efetivação das práticas sociais numa visão crítica para uma participação construtiva
 
8 REFERENCIAL TEÓRICO
 
O lúdico faz parte da vida humana em suas atividades cotidianas e caracteriza-se por sua capacidade de propor satisfação, funcionalidade e por sua espontaneidade. Sob este prisma, o lúdico pode auxiliar na construção do processo ensino aprendizagem em todas as áreas do conhecimento, desde que seja trabalhada de acordo com a faixa etária dos alunos, para que se consiga alcançar os objetivos propostos.
É eminente que é enriquecedor o trabalho de forma interdisciplinar, que quando realizado por meio da ludicidade, envolverá vários conhecimentos de uma só vez.
O professor ao escolher um jogo deve visualizar analisar e ressaltar o que almeja atingir, ao utilizar o jogo, como um instrumento de função educativa. Deixando evidente que o mais importante do que delimitarmos qual a metodologia que iremos usar, é oportunizar as crianças uma forma dinâmica e prazerosa de aprendizado.
 
                                “Na vida social, como na vida individual o 
pensamento                                             procede da ação e uma 
sociedade é essencialmente um                                      sistema de 
atividades. É da análise dessas interações                                          no 
comportamento mesmo que procede então a 
explicação                                   das representações coletivas, ou 
interações modificando a                                   consciência dos 
indivíduos”.  (Piaget, 1973, p. 33)

 
 
É pertinente, afirmarmos que a educação do
ser humano vai muito além da transmissão de
conhecimentos. E sim, a busca de apreensão dos
mesmos numa perspectiva relevante ao seu
aprimoramento intelectual, no qual a mesma dever ser
dinâmica e constante, sob a reflexão de suas ações,
como os afirma Almeida: “A ação de buscar e de
apropriar-se dos conhecimentos para transformar exige
dos alunos esforços, participação, indagação, criação,
reflexão, socialização com prazer, relações essas que
constituem a essência psicológica da educação lúdica”.
(p. 29, 1995).
 
Neste enfoque, o lúdico pode auxiliar na
construção do processo ensino-aprendizagem em todas
as áreas do conhecimento, desde que seja trabalhada de
acordo com a faixa etária dos alunos, para que se
consiga alcançar os objetivos propostos.
É eminente
que é enriquecedor o trabalho de forma interdisciplinar,
que quando realizado por meio da ludicidade,
envolverá vários conhecimentos de uma só vez.
Como vem sendo explicitado, os jogos
pedagógicos são notáveis recursos que o educador pode
utilizar no ensino da Língua Portuguesa, contribuindo
para o enriquecimento e desenvolvimento intelectual e
social do educando, levando-os a aprender trabalhar em
equipe, com criatividade, bom humor e imaginação.

Na matemática, o jogo leva ao conhecimento
de regras e este jogar propicia através da articulação
entre a problemática proposta, gerada pelo convívio
social e a imaginação, ao desenvolvimento de novos
conhecimentos matemáticos. Fazendo com que através
da exploração e transformação a criança comece a
estabelecer significados.
Percebendo que o meio se
modificará com sua ação.
Enquanto as disciplinas de Ciências, História
e Geografia, pode ser utilizado jogos que explores a
linguagem visual, oral e escrita, que levarão os alunos à
compreensão de suas posição no conjunto das relações
da sociedade com a natureza, em relação aos valores
humanos, toda sua historicidade.
Como também os
processos envolvidos na construção do tempo e espaço
geográfico. Assim, como está especificado no PCN’s
de História e Geografia:
“A Geografia ao pretender o estudo de
lugares, suas paisagens e território, tem busca
do um trabalho interdisciplinar, lançando
mão de outras fontes de informações.
É
possível aprender Geografia desde os
primeiros ciclos do Ensino Fundamental
pela leitura de autores brasileiros
consagrados - Jorge Amado, Érico
Veríssimo, Guimarães Rosa, entre outros cujas obras retratam as diferentes paisagens
do Brasil, em seus aspectos sociais,
culturais e naturais. (PCN’s, 1997, p. 117). 

O educador deve auxiliar seus alunos na
problematização dos conteúdos, de forma a contribuir
para que realmente haja a apreensão significativa dos
mesmos. Desta forma este estará instigando o
educando a procurar solução de um problema, seja de
natureza linguística, científica ou ética.

O importante é que, de fato suscite a
aprendizagem.
Sendo o jogo uma atividade livre, lúdica que
viabiliza ao aluno vivenciar situações significativas.
Piaget (2000, p.56) classificou os jogos,
especificando-os sob os seguintes procedimentos:
Observação e registro dos jogos
praticados em casa
na escola e na rua, tentando
relacionar o número possível de jogos infantis.
           Análise das classificações já existentes e aplica dessas classificações                  conhecidas em relação a os jogos coletados.
 
Piaget (2000, p. 63), ainda aborda três tipos de estrutura que caracterizam os jogos: “O Exercício, O Símbolo e A Regra”.
 
1- Jogo de Exercício = Jogos de exercício, que contempla a faixa etária do nascimento até o aparecimento da linguagem, aparecem os jogos sensório-motor. Nesses jogos de exercício a única finalidade é o prazer.
 
2- Jogo Simbólico = Período característico entre dois a sete anos. A função desse tipo de atividade lúdica, que consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos desejos; a cada criança que brinca de boneca refaz sua própria vida, corrigindo a sua maneira, e revive todos os prazeres ou conflitos, resolvendo-os, compensando-os, ou seja, completando a realidade através da ficção.
 
3- Jogos de Regras = Combinações de elementos intelectuais, sensório-motor.
 
Enfim, a educação por meio da ludicidade, é uma proposta de trabalho que, se bem ministrada e assimilada nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental poderá contribuir efetivamente para a melhoria do processo ensino-aprendizagem. Nesse processamento aprimorar a aprendizagem dos alunos, formando cidadãos aptos a exercer sua cidadania de forma plena e consciente, de seus direitos e deveres.
 
A Sala de Aula Espaço Lúdico Para  a Aprendizagem - Contribuições do Professor
 
O professor antes de levar os jogos para a sala de aula, deve ter o cuidado de estudar preliminarmente cada jogo. O que só é possível jogando. Por meio de suas próprias jogadas, será possível refletir sobre seus erros e acertos, para então aplicar questões que irão auxiliar seus alunos, bem como ter a noção das dificuldades que os mesmos encontrarão.
O trabalhar com o lúdico propicia que o professor lance questões desafiadoras à sua turma nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, levando-os a pensar e consequentemente promovendo questionamento, resolução de problemas na maioria das vezes em grupo, o que vem a ocasionar o despertar do cooperativismo.
Sabe-se que, quando a criança brinca ela demonstra prazer em aprender. E por meio desta brincadeira tem a oportunidade de satisfazer seus desejos. Torna-se capaz de vencer seus medos, sente-se mais seguro em enfrentar os desafios com segurança e confiança.
Ao levar seus alunos a “brincar”, o professor os auxilia para que desperte suas fantasias, fator muito importante, pois desperta seu potencial criativo.
Como destaca Rodari (1982, p.142), [...] que o professor é um promotor da criatividade e não mais apenas um transmissor de um saber pronto.
 
Para Cavalcante (1995), é importante que o professor em seu trabalho junto às crianças:
Considere as hipóteses que as crianças formulem.
Observe e registre as “teorias” espontâneas que aparecem em consequência aos jogos e brincadeiras.
Organize atividades em que as crianças em seu grupo ou individualmente possam resolver.
Coloque as crianças em contato com diferentes fonte de informação sobre os temas eleitos.
Considere e integre aos conteúdos das atividades que propõe a experiência anterior das crianças.
 
Assim, constata-se que, o professor assume papel fundamental como mediador no processo de construção do conhecimento para o aluno nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Sendo perspicaz em não criar dicotomia entre teoria e prática; pois sabemos que ambas se complementam mutuamente, para uma educação que contribua para a efetivação das práticas sociais numa visão crítica para uma participação construtiva.
 
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
Ao pesquisar como trabalhar a ludicidade no ensino da Geografia e de História como uma proposta atrativa e eficaz nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, percebemos que esta está voltada para a valorização dos envolvidos no processo, favorecendo a aquisição de autonomia da aprendizagem.
Através das pesquisas bibliográficas do assunto em pauta, percebe-se que, os pensamentos de renomados teóricos sobre a potencialidade dos jogos e brincadeiras vêm certificar a contribuição dos jogos para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, promovendo melhor assimilação dos conhecimentos e possibilitando a integração dos mesmos conteúdos curriculares.
Promove também a socialização de forma positiva, propiciando aos alunos uma visão crítica dos acontecimentos em suas práticas cotidianas.
Conclui-se  que, de fato a metodologia lúdica se usada de forma consciente e responsável, pode realmente contagiar os alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e despertá-los a interpretar o mundo como indivíduo ativo no processo de assumir o papel de intercessor, ético e cooperativo fazendo de suas aulas uma excelência em dinamismo que suscite a interação entre educando-educador.
 
REFERÊNCIAS
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação Lúdica, técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola,1995.
BENELLI, Rosely Palermo. O jogo como espaço para pensar: A construção de noções lógicas e aritméticas. Campinas/SP: Papirus, 1996.
CUNHA, Nilce Helena Silva. Brincar, pensar e conhecer: brinquedos, jogos, atividades. 3ed. São Paulo: Tempo,1999.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo, a criança e a educação. Petrópolis: Vozes, 1993.
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para Educação Infantil: conceitos, orientações e práticas. Petrópolis/RJ: Vozes, 2008.
____________________________. Brincadeira para sala de aula. Petrópolis/RJ: Vozes, 2004. MIRANDA, Simão de. Do fascínio do jogo à alegria de aprender nas Séries Iniciais. Campinas: Papirus, 2001.
BRASIL. PCN’s – Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia –V ol.5, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília, 1997.
________. PCN’s – Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Ministério da Educação. Secretária da Educação Fundamental. 3 ed. Brasília, 2001.
PIAGET, Jean. A Formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
RODULFO, R. O Brincar e o significante: um estudo psicanalítico sobre a construção precoce. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes, 1984.
 
 
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 26/04/2015
Código do texto: T5220864
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