Doidivana Vida

*Pensamentos sobre a falsidade feminina e masculina. No caso de adolescentes da Barra da Tijuca que espancaram uma mulher. Reflexão!

Doidivana dividida,

Finge nem perceber,

Quer ser a Musa

A idolatrada,

Nem pode crer.

Pode ser rejeitada,

Jamais será abandonada.

Doidivana, fingida

Sabe que seu marido

Inspira-se nas outras

Não ata, nem desata,

Não escuta, nem cheira.

Nem fala, só pensa.

Só sente, muito!

Doidivana, divertida

Vai ao cinema

De vez enquanto,

Dançar, já esqueceu.

Percebe que

Seu marido

Suspira por outra.

Doidivana, Inteligente,

Mulher casada,

Moralmente aceita.

Pensa nos filhos,

Na vidinha,

Vê novela todo dia,

Ela também mente.

Doidivana, afetiva

Beijos na hora da chegada,

Outro na partida.

Não se lembra do dia

Que desejou fazer amor.

Mas faz boas comidas

E capricha na roupa suja.

Doidivana doçura

Agüenta tudo calada,

Cuida tão bem dos seus filhos

Largou até seu emprego

Depois da última gestação.

A mãe nem percebe,

Conceitua o amor amoral.

Doidivana leviana

Ao seu modo de entender o mundo

Amor de mãe,

É amor verdade.

Traição e leviandade,

Finge não viver.

Deixa o marido livre se entreter.

Doidivana intimidade

Sempre pronta a esperar

Seu marido nem chegar.

Conta casos diversos a se justificar.

Nunca nenhuma verdade será revelada.

Os bens preservados,

Da intimidade intocada.

Doidivana, Doidivana vida.

Percebe que o seu filho,

Poderá ser o algoz da atitude incoerente

Daquele menino que vai bater na mulher de rua,

Conceituando-a puta,

Porque depois do que tudo vê e nada diz,

Será ele que vai sentir raiva desse mundo infeliz.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 30/06/2007
Reeditado em 12/07/2007
Código do texto: T546702
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