ESQUIZOFRENIA PATROCINADA.

Me causa espanto e assombro profundo ver como nos dias de hoje as pessoas, em nome do politicamente correto, não se pronunciam contra as insanidades mais gritantes.

Fiquei dividido entre rir ou chorar ao ver uma reportagem que tratava sobre um sujeito, francês, que, primeiro mudou de sexo — ou achou tê-lo feito — e começou, assim, se dizer uma mulher, por mais que não aparente ser uma.

Mas está não é a parte mais chocante, já que o sujeito continuou em frente com o papinho de “sou o que penso ser” ou melhor — e mais perigoso — “sou o que sinto ser.”

Todos seres humanos, com algumas exceções psicopáticas, são passionais e, portanto, sentem muitas coisas a nível emocional. Um exemplo mais claro disto é a mulher — não que os homens não sejam passionais, mas a mulher se deixa levar por esta passionalidade mais facilmente, e por muito menos, até o olhar de uma desconhecida pode fazer aflorar essa passionalidade feminina.

Mas, de forma geral, as emoções podem, e nos causam grande impacto. Isso sinaliza a nossa inconstância e como somos afetados pelos nossos sentimentos de maneira forte. Darei um exemplo próprio, mas todos já devem ter sentido coisa igual ou semelhante.

Todos nós, que estamos vivos, ou os que estão mortos, mas já vieram à vida, temos, ou tivemos, pai e mãe. E eu pergunto: qual de nós, filhos, diante de um castigo, físico ou “metafísico”, já não sentiu uma raiva imensa pelo responsável pelo castigo, a ponto de desejar que o que o castiga sofra também castigo, mesmo sendo seu pai ou sua mãe? Estranhamente, todos, ou praticamente todos, já sentiram este sentimento de fúria pelos pais.

Ora, se a nossa passionalidade é capaz de fazer com que desejemos mal a uma pessoa a quem amamos, será que não seria capaz de trair-nos? Será que ela não seria capaz de enganar-nos baseada nas sensações de nosso corpo?

Se a passionalidade é capaz, mesmo que momentaneamente, de soterrar o mais forte dos sentimentos, por que não seria capaz de soterrar a nossa razão? Não a razão que segue linhas várias de raciocínio, como a religião, que tem sua própria lógica, mas a razão vinda da observação prática da realidade: vejo uma pedra, sei que é uma pedra, pois se parece, tem textura, cheiro, gosto e resistência de uma pedra; vejo que tem bico de pato, anda como pato, soa como pato, caga como pato, tem pés de pato, bota ovos como pato, logo, é um pato. A observação da realidade como ela é, independente de minhas, ou quaisquer interpretações alheias.

Mas a passionalidade pode nos convencer de muitas outras realidades, quando atrela sentimentos a estes objetos.

Este sujeito que citei, agora, sente-se um cavalo. Isso mesmo, um C-A-V-A-L-O! E, ao invés de alguém adverti-lo de sua infantilidade ou insanidade, todos entram no joguinho esquizofrênico patrocinado pelo mundo da mídia, das ONGs, pelos governos, e ninguém se coloca contra esta clara loucura.

As pessoas, a despeito de seus sentimentos, pelo menos as normais, ou com uma sanidade mental normal, sabem dividir a realidade de seus sentimentos acerca dela, mas isto está ficando cada vez mais complicado, uma vez que, by money, as personalidades, compradas, alardeiam que você é o que sente, com o auxílio, que por atividade efetiva, ou por omissão, da maioria dos psiquiatras e psicólogos que não amam a profissão que exercem, mas o status, dinheiro, ou porque não querem falar a verdade pela merda do politicamente correto, ou porque não querem passar dificuldade; mas todos terão, no futuro, de responder por desgraçar milhares de vidas de cidadãos que não precisam de pessoas que lhes digam o quão certas estão, mas o quão erradas estão, não precisam de mão meiga, mas de mão amiga que lhes diga, firmemente, o que estão fazendo.

Quando somos crianças, temos uma imaginação muito fértil, m ponto de confundirmos ilusão, fantasia com a realidade. Mas, quando crescemos, isso passa, e conseguimos diferenciar nossa perspectiva do mundo real como ele é. Se a infância mental avança, mesmo o sujeito sendo, agora, adulto, então ele deve ser tratado como convém, quer seja com um psiquiatra, quer seja com um psicólogo, ou ambos.

Fico comovido e dividido entre a compaixão por essas pessoas — que, espero, um dia superem esta insanidade patrocinada, mas, ainda assim, se sentirão desiludidos e envergonhados, os que sobreviverem a este experimento mental tão cruel — e a sensação cômica — que espero, algum dia, que renda um, ou vários livros, pois não é, ou, pelo menos, não era, todo dia que se vê um sujeito, seriamente, interpretando um animal, e que, sem dúvida, não vai parar por aí, logo surgirão pessoas se sentindo cachorros, portas, carros, etc.

Aonde iremos chegar? Se voltássemos no tempo e avisássemos alguém, sem dúvida, ele diria que isto é uma piada, mas não é. O mais deprimente é ver a pessoa não se portar como um animal, mas realmente acreditar, com o respaldo politicamente correto, de que ele é um animal, ou o que sentir ser.

Os que não dizem a verdade aos enganados, não estão sendo bons e generosos, mas sendo maus e cruéis, pois, quando não dizem a realidade a um pobre infeliz como esse, estão confundindo sua mente, se isso é normal, todos me darão respaldo, pensa o infeliz, e quando vê isso acontecer e ninguém se posiciona contra, dão o respaldo que sua mente confusa deseja para convencê-lo. Não é bondade deixar que o sujeito se auto-engane, mas a mais clara prova de frieza e falta de caridade, pois os pais sabem que ser bom para o filho não é dizer ou fazer o que o filho quer, mas dar-lhe um banho gelado de realidade, crua e sangrenta realidade, para que ele não morra ao entrar em contato com esse mundo mal.