TRIUNVIRATO

TRIUNVIRATO

Nome esquisito, pouco ouvido e conhecido, tem uma sinonímia bastante interessante e seria de bom alvitre que todos aqueles que desconhecem seu significado procurassem se inteirar do significado dessa palavra. Com derivação do latim triumviratu, vem por via erudita. Pode está relacionado à magistratura dos triúnviros, associação de três cidadãos que em si reúnem toda a autoridade ou governo de três indivíduos conhecido como triarquia.Triúnviros palavra de origem latina triumviru está relacionada ao magistrado romano incumbido, com mais dois colegas, de uma parte da administração pública ou membro de qualquer triunvirato. Meio confusa, mais com uma boa dose de estudo dará para compreender rapidamente. O Triunvirato, em suma, é um governo formado por três representantes. Existe o termo Troika, usado também para simbolizar uma aliança de três países, como foi a Rússia – União Européia – EUA. No primeiro Triunvirato romano ocorrido no ano de 59 ante de Cristo, Roma se via governada por Gaius Julius César, Pompeu e Marco Lucínio Crasso, que se juntaram para formar uma aliança forte. Julio César era um cônsul eleito por volta de 50a.C, Pompeu um grande general, aclamado por suas conquistas e Crasso reconhecido como o homem mais rico de Roma. Os motivos dessa junção foram de puro interesse, onde Pompeu precisava de terras para distribuir à suas Legiões veteranas de combate, Crasso queria apoio para uma guerra contra os Persas e Julio César apoio para combater os Gauleses ao norte. De fato isto aconteceu, onde Julio César conseguiu terras para as legiões veteranas.

Pompeu incentivou a batalha de César contra os Gauleses e Crassos e foi beneficiado judicialmente a partir de tudo isso. Gaius Julius César parte para o combate contra os Gauleses e nisso, Pompeu e Crasso são eleitos Cônsules, o que proporciona um apoio e prolongamento do comando de César no norte da Gália e fundos para a guerra “médica” de Crasso. Em 53a.C , a filha de Gaius Julius César que se encontrava como esposa de Pompeu morre, enfraquecendo a aliança entre os dois. Nessa mesma época, Crasso é morto em uma batalha contra os Persas, na Síria, batalha de Carrae, um total desastre militar para Roma, assim enfraquecendo ainda mais as relações entre os líderes do Triunvirato, sendo que até hoje, o termo “erro Crasso” se deve ao desastre militar de Marco Lucinio Crasso. Na Gália, César havia derrotado os Gauleses, subjugado Vercingetorix (o líder gaulês) e combatido nas escuras florestas negras da região Germânica, até mesmo navegando ás ilhas Britânicas, expandindo consideravelmente as fronteiras de Roma. Pompeu, nesse tempo, aliara-se aos conservadores que temiam a ambição de César e, mesmo tendo sido-lhe proposto um casamento com a sobrinha de César, Pompeu recusou e casou-se com Cornélia Metélia (filha de Scipião Metellus, inimigo de César), o que preparou um cenário propício pra uma futura Guerra Civil. E isso ocorreu de fato, onde Pompeu ordena César a retornar a Roma, desformando suas legiões e conseqüentemente ser julgado em Roma por querer se re-candidatar a Cônsul. Desobedecendo as ordens de Pompeu, César que possuía apoio de suas fiéis legiões (por diversos motivos, como por exemplo, saber o nome de todos os Centuriões que formavam seu exército) cruzou o rio Rubicão e disse a famosa frase: Alea Jacta Est! (Que os dados estejam lançados), rumo á Roma. Scipião Metelus e Cato fugiram para o sul da Itália, e após algumas batalhas e reorganização de Roma, César segue á Grécia em busca de Pompeu que havia fugido e, acompanhado de sua décima legião, César derrota Pompeu na batalha de Dyrrhachium e depois termina de vencer na batalha de Farsalo. O primeiro Triunvirato, que já havia se dissolvido com a morte de Crasso, agora se tornava uma Ditadura (diferente dos conceitos atuais) comandada por Gaius Julius César, e com Marco Antônio como Magister equestris, que faria um papel importante depois no Segundo Triunvirato.

Como se vê nas entrelinhas o Triunvirato está ligado intrinsecamente as maiores autoridades romanas da época e que desempenhavam um papel importante na política daquela nação. Foram batalhas homéricas em nome do poder de Roma com figuras de desta que da época. Gaius Julius César; Pompeu e Marco Lucínio Crasso; Vercingetorix (líder Gaulês), Marco Antonio, com derrotas fragorosas e recuperações do poder por outros líderes romanos. (Thiago Augusto Ramos César) nos aponta detalhes em sua bela pesquisa e alguns pontos são aqui assinalados para florescer essa matéria sobre a história do Triunvirato romano. A morte de César colocou no poder três figuras de valor: Marco António, lugar-tenente de César, Lépido, mestre de cavalaria, e Octávio, sobrinho e herdeiro de César, defendido por Cícero nos seus discursos «Filípicas». Depois de algumas lutas reconciliam-se formando o segundo triunvirato. A primeira decisão dos triúnviros foi perseguir os republicanos implicados no assassinato de César ou que eram suspeitos de simpatizar com os assassinos, aproveitando assim a ocasião para saldar velhas contas pessoais. Sem julgamento prévio, cerca de 130 senadores e quase 2000 funcionários foram proscritos, perdendo os seus bens e direitos. Muitos deles foram assassinados, como Cícero; outros preferiram suicidar-se. Ficavam por castigar os dois principais chefes da conspiração, Bruto e Cássio, governadores da Macedônia e da Síria, respectivamente, que uniram as suas tropas com o fim de resistir ao exército do triunvirato.

A batalha teve lucrar a 12 de Setembro do ano 42 antes de Cristo, em Filipos, na Macedônia, onde perderam a vida – Bruto e Cássio e os republicanos mais decididos. Imediatamente, os vencedores repartiram o espólio: Marco António nomeou-se governador do Oriente, Otávio ficou com o governo do Ocidente e Lépido (homem de Estado romano, colega de César no consulado). Morreu no ano 12 ou 13 antes de Cristo, acabou por ser marginalizado, tendo-lhe sido entregue o governo da África. Todavia, nenhum dos três triúnviros se conformou com semelhante repartição, e todos aspiravam a um poder maior. Os partidários de Marco António intrigavam, e Sexto Pompeu dominava o Mediterrâneo ocidental à frente de uma esquadra rebelde, boicotando o comércio marítimo de Roma. Otávio entreteve-o oferecendo-lhe o governo da Córsega, Sardenha e Sicília, enquanto anulavam em Itália os seguidores de Marco António. Entretanto, Agripa reuniu uma frota, marchou contra Sexto Pompeu e derrotou-o na Batalha de Naucolos que teve lugar no ano 36 a.C. Aproveitando a confusão, Lépido tentou ampliar os seus domínios africanos, apoderando-se da Sicília. Então Otávio demonstrou quem era: arrebatou-lhe todos os poderes, banindo-o definitivamente ao nomeá-lo pontífice máximo. Com apenas vinte e seis anos, Otávio tinha conseguido dominar todo o Ocidente. O terceiro consulado. Indicado para ditador por dez anos. Derrota dos correligionários de Pompeu em África. Publicação de Catão, de Cícero, e de Anticatão, de César. Período muito conturbado para os romanos e que ficaram marcados na história por guerras pelo poder com derrotas e vitórias os triunviratos marcaram muitos personagens da história romana.

Do antropológico Catão (234-149 a.C.), censor romano, homem de costumes ou princípios austeros. Catoniano do latim catonianu tem como sinonímia aquilo que é do, ou pertencente ou relativo ao censor romano Catão (234-149 a.C.), famoso pela austeridade dos seus princípios, ou próprio dele; catônico como foi citado anteriormente. É bom que se frise que todo trabalho de importância cujos fatos marcaram a historio de um império é sempre fruto de uma excelente pesquisa e aqui não poderiam deixar de aspectos importantes encontrados no site: http://marius.blogs.sapo.pt/ - de muita valia para complementação dessa belíssima passagem da história romana com todos seus intrínsecos valores morais, humanos e sociais, através das grandes personalidades que fizeram à história do triunvirato.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 30/06/2007
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