SOBRE A DOR (via internet)

SOBRE A DOR

A maior capacidade que nossa imaginação possui é, talvez, a aptidão de lidar com a dor. O pensamento clássico nos ensina sobre as quatro condições da mente, e cada uma cruza, quando não copula, de acordo com sua necessidade.

No primeiro momento, existe a avenida do sono. O sono oferece uma retirada do mundo e de todo sofrimento que há nele. Marca a passagem do tempo, dando-nos um distanciamento das coisas que nos magoam. Quando uma pessoa é ferida, é comum ficar inconsciente. Do mesmo modo, quem ouve uma notícia dramática é comum ter uma vertigem e/ou desfalecer. É a maneira da mente se proteger da dor, cruzando a primeira entrada.

Num segundo momento, existe a passagem do esquecimento. Algumas feridas são profundas demais para cicatrizar rapidamente. Além disso, muitas lembranças são simplesmente dolorosas e não há cura alguma para elas. No que torna-se falso o provérbio “O tempo cura todas as feridas”. Pois o tempo cura a maioria das feridas, mas não todas. As demais ficam escondidas atrás dessa barreira.

E num terceiro caso, existe a porta da loucura. Existem pensamentos em que a mente recebe um golpe tão violento que se esconde atrás da insanidade. Há ocasiões em que a realidade não é nada além do sofrer, e, para fugir desse padecer, a mente precisa deixá-la para trás. Ainda que isso não pareça, mas é benéfico.

Por fim, existe a relevante condição de morte. O último recurso. Nada pode ferir-nos depois que morremos, portanto não mais sentimos dor, assim dizem, ainda que não existam provas. Sendo que o refúgio da morte, se buscado para escapulir dos três primeiros estágios é o que se conhece por suicídio.

P. S. De pesquisa na internet.