PENSAMENTO E REFORMA

Nada é mais importante do que os poderes e a ação do pensamento, ensinou a pedagoga, entusiasmada pela serena simbiose do sentimento de dever cumprido com a platéia.

O pensamento é a causa da nossa elevação e do nosso rebaixamento, aprendemos com base nos estudos de Léon Denis em O Problema do Ser, do Destino e da Dor, considerado um dos dez melhores livros espíritas publicados no século XX.

Nos dizeres dos grandes mestres da cultura universal, o ser humano só é grande pelo seu pensamento, pelas obras que dele irradiam e se perpetuam.

Quanto mais nos envolvemos nos nossos afazeres sociais, em qualquer dos nossos domínios do mundo visível e invisível, nosso pensamento é o soberano que nos rege, expulsando do nosso invólucro corporal tudo aquilo que não nos faz vibrar.

É por isso que a prece ardente é o impulso da nossa alma para as potencias infinitas da Verdade Eterna. É a re-ligação amorosa do nosso pensamento com o infinito.

Ao contrário, se nosso pensamento é inspirado por maus desejos, pela paixão, ciúme ou pelo ódio, as imagens que ele cria se sucedem, acumulam-se em nosso corpo e nos torna seres assustadores.

Somos o que pensamos ensinam os sábios a partir dos mais recônditos registros que a humanidade tem conhecimento. Somos reflexos daquilo que vivemos. Nosso espírito é como uma casa de espetáculos aberta e com entrada franca. Nela tudo se confunde. Devemos fiscalizar permanentemente as nossas contradições, para que o impulso surdo dos nossos pensamentos possam se transformar em bons atos no futuro.

Estamos vivendo uma época de anemia intelectual, causada pela falta de estudos sérios e principalmente pela falta de educadores para a mocidade, que no futuro não terá uma consciência mais forte, pois lhe faltará o reflexo do pensamento elevado.

Não importa que o céu esteja escuro por cima de nossas cabeças e os homens sejam ruins em torno de nós. Se tivermos luz na fronte, a alegria do bem e liberdade moral haveremos de sentir que... “A felicidade não está nas coisas externas nem nos acasos do exterior, mas somente em nós mesmos, na vida interna que soubermos criar.”

Devemos lavar o ranço que está grudado nas nossas costas resultante dos nossos equívocos pretéritos. Somos lucigênitos, procedemos do Divino Foco, para o qual marchamos, ditou Joanna de Angelis para Divaldo nos seus Momentos Enriquecedores.

André Luiz, em Mecanismos da Mediunidade, transmite, como sempre, valioso ensinamento sobre os fenômenos da Ideoplastia, que é a modelagem da matéria, por meio da qual “o pensamento pode materializar-se, criando formas que muitas vezes se revestem de longa duração, conforme a persistência da onda em que se expressam.”

“Jesus não nos prometeu os júbilos vazios dos tóxicos da ilusão. Não nos brindou com promessas vãs, que nos destacassem no cenário transitório da Terra. Antes, asseverou que verteríamos o pranto que precede à plenitude, e teríamos a tristeza e a solidão que antecedem à glória solar.”

As enciclopédias asseveram que o “pensamento é um processo mental que permite aos seres modelarem o mundo, e com isso lidar com ele de uma forma efetiva e de acordo com suas metas, planos e desejos. O pensamento é considerado a expressão mais "palpável" do espírito humano, pois através de imagens e idéias revela justamente a vontade deste.

A emissão contínua dos pensamentos carregados de emoção, sentimentos e afetividade, produzem um campo de força que se exterioriza além do núcleo emissor da mente, gravitando no meio ambiente no qual a pessoa permanece, impregnando os objetos e coisas que mais diretamente possam estar relacionados com ela e sua história próxima ou remota, desta ou de outras vidas.

"Brilhe a vossa luz", disse o Divino Médico enérgica e suavemente para todos aqueles que lhe herdaram o patrimônio trazido ao mundo pelo seu próprio sacrifício.

A renovação do homem velho que existe dentro de nós, sob o ponto de vista moral, intelectual e espiritual, é difícil, sem dúvida, mas perfeitamente realizável.

O Espiritismo, em particular, como revivescência do Cristianismo, oferta-nos os oceânicos tesouros da Codificação.

O homem, para renovar-se, tem que reprogramar seus pensamentos como ponto de partida para a sua realização íntima, para que "brilhe a sua luz”.