Violência Urbana: A culpa é de quem?

Todos escutam falar de violência urbana, pessoas agredidas, assaltos, assassinatos, brigas entre gangues, tráfico. Sabemos culpar o governo pela falta de segurança, desigualdade social e a má distribuição de renda, mas não levamos em consideração que também somos culpados de tanta criminalidade através de atos preconceituosos e da inaceitação da integração das classes menos favorecidas na sociedade. Afinal a culpa é de quem?

A violência urbana tem sido diariamente pauta de discussões nas grandes cidades. As pessoas colocam grades ao redor de suas casas, se mudam para bairros mais seguros, reclamam da falta de segurança, e os que têm condições até blindam seus carros.

Reclamamos da falta de recursos destinados à segurança pública, do mau planejamento das cidades, da falta de programas governamentais que possam oportunizar uma melhora na vida da sociedade marginalizada, que é geralmente o berço da criminalidade, mas não lembramos que quem elege esse governo tão negligente nas questões sociais somos nós.

E devemos ainda ressaltar que somos, também, culpados da violência que nós mesmos sofremos. Ao discriminarmos alguém, seja por raça, cor ou classe social, nada mais estamos fazendo além causar um trauma social de uma sociedade que traz um fator histórico baseado na violência.

É mister dizer que para revertermos esse quadro negativo que separa a sociedade em classes e transforma pessoas em ameaça devemos investir em uma base consolidada na cultura e na educação, exigindo que os governantes por nós eleitos apliquem o dinheiro público para aquilo que realmente é destinado, permitindo que todos lutem por um lugar na sociedade e evitando que busquem a sobrevivência por caminhos que desrespeitam os direitos de todo cidadão.