ESPIRITUALIDADE

Geralmente quando se fala em espiritualidade imagina-se algo que venha a nos "purificar", sublimar, fazer crescer e evoluir. Mas você já parou para perceber que, mesmo com estes conceitos que ficam incutidos em nosso interior, existem muitas pessoas que fazem mau uso desta mesma "espiritualidade"?

Pois é. Irei explicar como e você irá perceber o quanto é fácil identificar este uso indevido da espiritualidade, do sagrado, da religião e até mesmo da religiosidade.

O fato de estar ou pertencer a uma religião ou a uma Casa espiritual não isenta pessoa qualquer de deturpar ou denegrir a sua própria filosofia ou segmento religioso. Isto se dá devido ao tão conhecido "livre-arbítrio", termo que vem sendo muito difundido nos meios religiosos, principalmente espíritas.

Lidar com este livre arbítrio não é fácil e requer responsabilidade, pois em nome desta mesma liberdade pode-se cometer inúmeros erros e serem gerados uma infinidade de percalços.

Ou seja, devemos sim reconhecer e estimular o livre arbítrio, sabendo que ele é uma particularidade e uma pessoalidade do ser humano, porém este mesmo arbítrio que queremos que seja livre, deve estar acompanhado de doses homeopáticas de respeito ao próximo, respeito a si, respeito às regras e respeito à natureza das coisas e objetos, pois tudo no mundo segue uma ordem; ordem esta que não podemos e não temos o direito de interferir negativamente, seja com as nossas atitudes (físicas), seja com o nosso mental (talvez neste contexto a mais perigosa das armas).

Assim como na vida prática, objetiva e material temos os bons e maus advogados, os bons e maus cirurgiões e os bons e maus representantes de qualquer classe trabalhadora terrena, na espiritualidade que é feita por nós, humanos encarnados e em vias de evolução, encontramos variações destes trabalhadores e representantes do sagrado. Exemplo é o que não nos falta quando sabemos de casos envolvendo pessoas inescrupulosas e mistificadoras, cuja intenção é deturpar algo sagrado e puro. Ou você acha que só pelo fato de pertencer a um grupo religioso alguém se purifica e se torna o exemplo perfeito de devoção, humildade e carinho para com o mundo? É claro que não. Sabemos que a realidade não é bem assim! Há de se separar o joio do trigo e analisar com olhos bem abertos o que enxergamos ao nosso redor.

Religião não salva ninguém. Quem se salva é você mesmo, com suas atitudes e objetivos; direcionamentos e mentalidade. Postura é a palavra que deve sempre nos guiar em qualquer aspecto, seja ele físico/terreno ou religioso/espiritual. Continuemos orando e vigiando...

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Ulisses Júnior
Enviado por Ulisses Júnior em 19/10/2007
Reeditado em 12/02/2010
Código do texto: T700859
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