Sobre Xangô

Talvez estejamos diante do Orixá mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele a primeira Entidade Iorubana, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras. É, portanto, o principal tronco das religiões afro-brasileiras.

Xangô é o rei das pedreiras, senhor dos raios e do trovão, pai da justiça e o Orixá que gera o poder da política. Guerreiro, bravo e conquistador, Xangô também é conhecido como o orixá mais vaidoso entre as Entidades masculinas africanas.
É monarca por natureza e chamado pelo termo Obá, que significa rei. No dia-a-dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos, lideranças sindicais, associações, movimentos políticos, nas campanhas e partidos políticos, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral.

Xangô é a ideologia, a decisão, a vontade, a iniciativa. É a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhoria, o progresso social e cultural, a voz do povo, a vontade de vencer. Também o sentido da realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o poder de liderança.

Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena. É considerado o advogado dos pobres, protegendo também os advogados e juízes.

O arquétipo de Xangô é aquele das pessoas que possuem um elevado sentido da sua própria dignidade e das suas obrigações, o que as leva a se comportarem com um misto de severidade e benevolência, segundo o humor do momento, mas sabendo guardar, geralmente, um profundo e constante sentimento de justiça.

Kaô, senhor da pedra! Saravá Xangô!

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Ulisses Júnior
Enviado por Ulisses Júnior em 24/10/2007
Reeditado em 22/07/2011
Código do texto: T707805
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