ACRECE E EU

“Cada pessoa tem que apenas cumprir o seu dever para arruinar o mundo “.

Winston Churchil

Recebi meu título de Cidadão Emérito, em 1998, por indicação da hoje Deputada Estadual, Darcy Vera, e, segundo ela , motivada pelo movimento e vontade de alguns de meus alunos.

Recebida a honraria fui procurado pelo saudoso Pedro Vilela que me fez um convite: participar da ACRECE , uma Associação fundada em 1976 , que segundo ele, sua finalidade maior era ( ou é ) zelar pela educação e divulgação da cultura , pelas causas sociais, pela preservação das áreas de lazer e meio ambiente , pela saúde — auxiliando no combate às doenças e às drogas —, pela segurança , enfim , colaborando sempre junto com os poderes públicos.

Aceito o convite passei a acreditar que essa Associação somente teria a devida força e poder para lutar em prol da comunidade , se houvesse uma inabalável união entre seus membros , uma incondicional dedicação ao trabalho e um amor irrestrito em defesa das causas mais nobres.

Mas , infelizmente, no primeiro momento em que a defesa de causas sociais, esbarra em interesses particulares de cada um, ou mexe com interesses econômicos ou políticos, muitos se transformam em Pilatos: lavam suas mãos.

E eu me recuso a aplicar meu tempo precioso em reuniões meramente sociais, para comer, beber e jogar papo fora, muito menos somente emprestar meu nome para ser Presidente de alguma entidade que não cumpre seu papel social: não nasci para rainha Elizabete.

Durante 8 anos, ao lado de Vilibaldo Faustino Jr ( na Presidência ora da Diretoria Executiva ora do Conselho Deliberativo), tentamos de todas as formas desenvolver um bom trabalho, tendo em vista realizar os sonhos do nosso amigo Pedrinho Vilela, mas, agora, resolvemos deixar para outros que possam trabalhar, talvez, de forma mais adequada aos novos tempos e características dos membros que compõem a ACRECE.

Apresentei minha renúncia no dia 16 de outubro após três tentativas no sentido de reunir os membros da instituição; mas somente 3 ou 4 se apresentaram, tornando inviável o prosseguimento de possíveis atividades.

Enfim, penso que todos os membros da Associação , o são , por terem pelo menos , cumprido o seu dever de cidadão.

Mas precisamos de muito mais, tendo em vista as palavras de Winston Churchil : “Cada pessoa tem que apenas cumprir o seu dever para arruinar o mundo “.

É preciso sempre fazer muito mais do que somente cumprir o dever, e , se possível , fazê-lo com muito amor, acreditando no papel fundamental de cidadãos que somos.

ANTÔNIO CARLOS TÓRTORO

Tórtoro
Enviado por Tórtoro em 16/11/2007
Código do texto: T739482