Madrugada no hospital

Madrugada no hospital

O silêncio vigente é totalmente diferente, tem uma presença forte, um quê inconfundível de morte.

Logo adiante, uma luz bruxuleante, um corredor frio e vazio, calafrio, arrepio...

Aqui parece fim da linha, o que sobrou de uma mortal rinha, uma estação vazia, exclusiva para quem não mais prosseguia.

A esperança já foi embora, se é que já esteve por aqui outrora, os gritos e gemidos são normais, como um impessoal abatedouro de animais.

Não mais consigo distinguir se as pessoas são de verdade ou fantasmas gerados pela minha perplexidade.

As horas lentas se arrastam até o amanhecer, mas aqui, parece que o sol nunca mais irá nascer ...

Leonardo Andrade