RUY BARBOSA – UM HOMEM MUITO A FRENTE DO NOSSO TEMPO – PREMONIÇÃO DO QUE NÓS VIVEMOS NOS DIAS ATUAIS

 

Ruy Barbosa, natural da velha e encantadora Bahia, nasceu em 1849 e morreu em 1923. Considerado um notável orador e estudioso da língua portuguesa. Foi Diplomata, Jurista, Advogado, Escritor, Filósofo, Tradutor e um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras. Defensor dos oprimidos, educador do povo e apóstolo de todas as causas liberais. Para esse eu tiro o chapéu.

Em 1907, durante o governo de Afonso Pena, Ruy Barbosa alcançou celebridade mundial ao representar o Brasil na Conferência de Haia, que reuniu as grandes personalidades da diplomacia mundial.

O grande tema era a criação de uma corte permanente de justiça. Com seus longos discursos e atacando a classificação dos países pela sua força militar Rui Barbosa conquistou o respeito das nações.

Sua volta ao Brasil foi uma festa. Já conhecido como a “Águia de Haia”, recebeu do presidente da República uma medalha de ouro.

Um currículo invejável, no bom sentido. Pena que não existam hoje em dia mais personalidades públicas com esse nível intelectual, infelizmente.

Ruy Barbosa, naquela época fez um discurso memorável, que continua atualíssimo, pela conotação de safadeza que continua mais viva do que nunca até hoje e, que piorou, em muito nos últimos tempos.

O poema-discurso de Ruy Barbosa, como Senador em 1914 – Sinto vergonha de mim. Um discurso primoroso, em que ele finaliza assim: Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!
“De tanto ver triunfar as nulidades; De tanto ver prosperar a desonra; De tanto ver crescer a injustiça; De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus; O homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra; A ter vergonha de ser honesto”.

Além desse belíssimo Discurso acima, vejam o que disse Ruy Barbosa, sobre como funcionam as forças ocultas do “Famoso Sistema” Político Brasileiro:

O povo não tem representante porque as maiorias partidárias, reunidas nas duas casas do Congresso, distribuem a seu bel-prazer as cadeiras de uma e de outra casa, conforme os interesses das “facções a que pertencem”. O povo sabe que não tem justiça; o povo tem certeza de que não pode contar com os tribunais; o povo vê que todas as leis lhe falham como abrigo no momento em que delas precise, porque os governos seduzem os magistrados, os governos os corrompem, e, quando não podem dominar e seduzir, os desrespeitam, zombam das suas sentenças, e as mandam declarar inaplicáveis, constituindo-se desta arte no juiz supremo, no tribunal da última instância, na última corte de revisão das decisões da justiça brasileira.“

 

Nota: Pesquisa em Publicações Wikipédia e Acervo disponibilizado no Site da Instituição Ruy Barbosa e visita ao Museu Casa de Ruy Barbosa, localizado no Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo.