Mural de pensamentos

Escritores se tornam famosos por suas histórias, mas principalmente por seus leitores. Um escritor sem leitores é a mesma coisa que uma folha de papel em branco, nada, apenas matéria, ele só existe. Invariavelmente, eles conseguirão atingir o sucesso durante a vida se forem sensacionais, outros serão incompreendidos e ganharão reconhecimento após a morte sendo chamados de gênios e sempre haverá alguns escritores com seus poucos e fiéis apreciadores.

Os grandes escritores são homens que definiram as diretrizes do pensamento para séculos após sua existência, estes ainda hoje ditam as leis da vida e têm suas teorias aceitas para as mais diversas áreas. Citar nomes é mera formalidade e também seria uma grande injustiça, sempre pode acontecer o pecado de deixar uma personalidade de fora da lista. Será que os primeiros filósofos tinham leitores, além de a si mesmos? E o que pensar dos romancistas. Provavelmente apenas suas musas admiravam seus sonetos e poesias.

Escritores são loucos, mas no bom sentido, eles conseguem fazer analogias das situações mais diversas e têm a capacidade de formular uma frase tão inteligente como quem pisca os olhos. A simplicidade de seus pensamentos é o que os torna seres tão complexos, algumas vezes incompreendidos, tal qual a próxima frase. Não há sentido em fazer a vida ter sentido se nada mais faz sentido.

Escritores são pensadores e criadores da vida. Suas palavras derramadas a um pedaço de papel fabricam mundos e dão forma aos seus sonhos. Tirar do coração os sentimentos mais puros e sinceros e mandar diretamente para a mente de um leitor, e conseguir chocar ou emocionar esta pessoa é a recompensa. Porque algumas vezes somente a leitura não é suficiente, o leitor precisa se envolver e sentir exatamente a mesma dor e paixão do escritor. Quando há uma perfeita interação entre leitor e escritor, a linguagem da vida é facilmente escrita e compreendida. E a vida é uma grande fantasia sonhada por muitos, que não a compreendem plenamente, mas ainda assim não deixam de sonhar.

Para encerrar, Nietzsche parece ter uma boa explicação indicando que nem sempre há alguma razão nos pensamentos: "Se minhas loucuras tivessem explicação, não seriam loucuras".