Um sopro de vida...uma esperança para o Rio Tietê
Ontem, assistindo a um telejornal, tive a oportunidade de ver uma reportagem sobre o Rio Tâmisa na Inglaterra.
Este rio, que banha a cidade de Londres e tem aproximadamente 346 km de comprimento, já foi considerado um rio morto, pois na década de 70, recebia muito esgoto da cidade de Londres, e exalava um cheiro insuportável, que chegava a ser motivo de adiamento das reuniões do Parlamento inglês.
A preocupação dos ingleses, veio aumentando a partir da década de 90, até que se iniciou uma operação para despoluição do Tâmisa.
A primeira coisa foi acabar com a emissão de esgotos para o rio, fazendo com que se parasse a poluição que esses esgotos causavam.
Depois disso, investiram em uma espécie de embarcação que se parece com uma balsa. Esta embarcação, adaptada para ser o lixeiro do rio, que com uma espécie de peneira, vai retirando todo o lixo do mesmo.
São garrafas, plásticos, madeira e outros detritos que são recolhidos, resultando em algumas centenas de quilos por dia, que são triturados e que posteriormente servirão como combustível em caldeiras de empresas e usinas termoelétricas. Duas embarcações deste tipo vasculham o rio diariamente; e custaram aproximadamente 2 milhões de reais cada uma, porém, requerem manutenção constante, com um custo relativamente alto.
Mas a principal ação dos ingleses para a recuperação do Tâmisa, foi a reativação da vida do rio pela filtragem e oxigenação da água, e isso fez com que várias espécies de peixes voltassem a se reproduzir e povoar o rio Tâmisa, este projeto custou cerca de cinco bilhões de reais e fez com que o mau cheiro do rio fosse extinto.
Um engenheiro inglês, disse que essa tecnologia, pode ser aplicada em qualquer rio ou lago, e que pode perfeitamente ser usada em um rio como os nossos Tietê, Pinheiros, e outros que cortam grandes cidades brasileiras que que estão morrendo aos poucos, vítimas da poluição gerada por nós, habitantes das cidades.
Acredito que se os nossos governantes priorizassem a qualidade de vida, conseguiríamos ter rios mais limpos, convivendo pacificamente com eles, já que tudo o que sujamos, poderíamos limpar e ainda transformar em combustível, que geraria energia.
Resta-nos a esperança de que um dia, teremos rios com mais vida, sem o cheiro desagradável dos rios urbanos e povoados por peixes e outros animais aquáticos.