Páreo eleitoral

Cada puro-sangue já alinhou para o páreo de outubro. O favoritismo está com o jockey de Sérgio Ghignatti, fortalecido com as brigas internas de sua estrebaria. O último campeão, Marlon Santos, parece cansado e já anunciou sua desistência da disputa, contrariando diversos fanáticos e amigos que apostavam em uma vitória sua. Anunciou o pré-candidato Julio Mahfus, talvez seu mais forte parceiro dentro do comando, para tentar continuar mandando na Portelinha, opa Prefeitura. Correndo por fora e cheio de gás está o Pipa Germanos, antigo vencedor e único com experiência suficiente para encarar com naturalidade este páreo eleitoral, ainda que sua bandeira possa tentar desencoraja-lo a decidir a hora de partir com tudo e formar seu time. Fechando os concorrentes, há alguns azarões que até podem surpreender, mas que na verdade vão acabar apenas se unindo aos outros corredores para o sprint final. Caso este de Oscar Sartório, Hilton De Franceschi e outros com menor expressão turfística.

Quanto às probabilidades de vitória Ghignatti sai na frente, tem o maior número de apostadores e uma preparação mais organizada que seus demais opositores e que neste momento mais parecem aliados. Será que alguém entende esta convergência de ideais apenas para assumir o comando do Executivo, será que estão se preocupando com isso, ou só importa tomar conta do poder e empregar lá todos que colaboraram? Ainda a favor do doutor do PMDB está o fato de já ter perdido a corrida em outras oportunidades e, ao que tudo indica, ter aprendido com isso a poupar o fôlego nos momentos cruciais.

Mahfus é um teórico de primeira linha, mas ainda não se sabe qual seu potencial em cancha reta. Falta-lhe visibilidade para encabeçar a corrida e talvez acabe fechando uma parceria com o experiente vencedor, hoje esquecido, Pipa. Este parece alheio a toda loucura que antecipa a corrida, tenta se manter incógnito, mas sabe que tem força e que com o cavalo certo pode cruzar a linha na primeira posição.

Enquanto isso os apostadores (eleitores), sequer percebem o jogo político feito pelos tucanos, que deixando de lado ideologias só desejam continuar com suas tetas no Paço Municipal.

O certo é que passado um ano, as mesmas reclamações vão voltar, por falta de atenção neste momento. Reclamar e não fazer nada é o esporte preferido no turfe eleitoral. Perder a aposta é triste, mas viver sem uma perspectiva de melhora no futuro é a derrocada dos apostadores deste páreo. Que vença o mais honesto, e não o melhor!