TEORIA DA CRIAÇÃO INVERSA

TEORIA DA CRIAÇÃO INVERSA:

de Marcos Antoine

A concepção humana de deuses e demônios está embasada, insconscientemente, na observação das forças do bem e o mal existentes na ordem natural das coisas.

PESQUISA DE BASE DA TEORIA:

Se você observar ao longo da História da humanidade, vai perceber que o ser humano tem a necessidade de criar e exaltar entidades metafísicas.

Como sabemos, há 2.506 anos atrás, 506 a.c. existia na civilização romana o panteão dos deuses gregos, onde a terra era chata e o Sol era uma dessas entidades regendo a vida dos homens na Terra. No antigo Egito o Sol também era considerado um deus. Era o deus Rá, o deus do trabalho. Mais próximo de nós, na linha do tempo, estão os indígenas, que também tinham o Sol e a Lua como umas dessas entidades sagradas. Nos dias de hoje, porém, não há mais espaço para alguém em sã consciência cultuar o Sol como um ser teológico. Hoje sabemos que o Sol é tão somente uma das menores estrelas dentre outras bilhões somente em nossa galáxia dentre outras bilhões de galáxias. No entanto se você dissesse isto a um grego na época de Cristo seria considerado um profano, um blasfemador.

Também podemos encontrar ao longo da História inúmeros eventos naturais, geralmente catastróficos, que foram logo atribuídos à ação de deuses ou demônios. Por exemplo a grande catástrofe da inundação do Mar Negro, que é narrada na Bíblia como sendo o dilúvio universal. Na verdade o que houve foi um grande acidente geológico, onde a pressão das águas do Mar Mediterrâneo romperam uma fina barreira de terra que separava os dois. (Você pode observar num mapa mundial a pequena passagem que liga os dois mares. O Estreito de Bósforo). Foi como 100 (cem) Cataratas do Iguaçu invadindo de uma só vez toda aquela área do Mar Negro. Esse evento é narrado na Bíblia como tendo sido provocado pela ação do deus cristão Javé. Quanto a ele ter sido universal, a compreensão de mundo da época era bem mais limitada que a nossa hoje.

Assim como o dilúvio outros eventos naturais como terremotos, erupções vulcânicas e tsunamis também foram considerados ações punitivas de deuses ou demônios.

As religiões dos gregos, dos egípcios, dos indígenas bem como outras do mediterrâneo não citadas aqui, são hoje consideradas mitos e não fazem mais parte da teologia. No entanto eram sustentadas pura e simplesmente pela ignorância dos povos quanto a estrutura do mundo e do Universo. Essas religiões estavam, tanto na mitologia grega quanto na indígena e nas outras, sempre ligadas às forças naturais.

É possível afirmar então que este fenômeno intrínseco e visceral do ser humano, podendo ser observado em povos tão distintos e sem qualquer contato como os gregos e os indígenas, é uma necessidade humana. Nos dois povos o mesmo fenômeno se manifesta.

Pesquisadores da Universidade de Harvard nos Estados Unidos analisaram pessoas de religiões diferentes enquanto estavam no seu momento de culto e oração. Eles puderam perceber que as regiões do cérebro mais ativadas nesse momento são as responsáveis pela alegria e pelo prazer. Nesse momento as pessoas ficam num estágio de subconsciência. E regiões do cérebro responsáveis pela fala e pela coordenação por exemplo, ficam quase que inativas. A pessoa perde parte da noção espaço-temporal. O mesmo pode acontecer quando uma pessoa ouve uma música. Dependendo do grau de prazer que esta pessoa tenha em ouvir determinada música, ela pode também entrar nesse estágio de subconsciência.

Isso acontece porque o nosso cérebro envia mensagens para o nosso corpo o tempo todo provocando reações químicas de acordo com a forma que interpretamos uma situação. Assim ficamos ansiosos ou temos medo ou temos desejo ou alegria e prazer e muitas vezes combinações de várias destas reações. Isso vai variar de pessoa pra pessoa em cada situação e de acordo com suas convicções e compreensão do mundo em que vive. Para a ciência isso é o que podemos chamar de fé. Todos nós precisamos ter fé. É uma necessidade do ser humano. Seja ela em deuses, em projetos de vida ou em si mesmo, nós precisamos acreditar em alguma coisa. Precisamos encontrar sentido para a vida. Uma pessoa não pode viver sem a fé. É isso que passou a nos diferenciar dos animais... a magnífica capacidade de imaginar, a capacidade de sonhar.

Marcos Antoine

Parte das fontes de pesquisa:

O Livro das Religiões da Torre de Vigília O Livro de Ouro da Mitologia de Thomas Bulfinsh Os Livros da Bíblia cristã e documentários sobre as religiões, fisica quântica, astronomia, Newton, Einstein, Galileu, Copérnico...