Jornalecos unidos: a crítica reacionária em favor da ditadura do capital e do capitalismo

Quem diria! Eles sempre manipularam a opinião pública. As des(Organizações Globo) estiveram a favor da ditadura militar de 64 e agora se manifestam contra um livro didático. Seria muita coincidência que no Estado de São Paulo onde está a nata da elite brasileira não anseie que o governo do Estado não tome uma providência e procure adotar um material único. Tomara que eu esteja errado, mas, já circula nas escolas um “Jornal do Estudante” que dá essa impressão de que se adote um material único. Queira Deus que essa minha hipótese esteja equivocada, porque, seria o fim da nossa Liberdade de Cátedra defendida pela Constituição Federal.

Cabe-nos aqui uma pergunta: não seria isso prenúncio da reação burguesa já manifestada na reportagem abaixo? Veja alguns trechos extraídos da Folha de São Paulo:

“O sistema de compra de livros didáticos adotado pelo Ministério da Educação (MEC) continua apresentando gravíssimos problemas. Terreno fértil para a corrupção, sujeito aos lobbies de editores e, principalmente, amplamente infiltrado pela “esquerda festiva”, ele se caracteriza pelo enviesamento ideológico nos critérios de escolha e pela falta de controle em sua distribuição, a ponto de obras rejeitadas por especialistas contratados pelo próprio governo continuarem sendo livremente utilizadas em salas de aula. É esse o caso da coleção Nova História Crítica de autoria de Mário Schmidt, que apenas entre 2005 e 2007 foi distribuída a 750 mil estudantes da rede pública - submetidos, assim, a autêntica “lavagem cerebral”.

“Alguns parágrafos dão o padrão da sua “qualidade”. O quadro de Pedro Américo, por exemplo, retratando a Proclamação da Independência, é comparado a “um anúncio de desodorante, com aqueles sujeitos levantando a espada para mostrar o sovaco”. D. Pedro II é um “velho, esclerosado e babão”. A princesa Isabel é uma mulher “feia como a peste e estúpida como uma leguminosa” e o Conde d’Eu é um “gigolô imperial” que enviava meninas paraguaias para os bordéis do Rio de Janeiro. “Quem acredita que a escravidão negra acabou por causa da bondade de uma princesa branquinha, não vai achar também que a situação dos oprimidos de hoje só vai melhorar quando aparecer algum princezinho salvador?”

Por outro lado, Mao Tsé-tung é apresentado como um “grande estadista” que “amou inúmeras mulheres e por elas foi correspondido”. A Revolução Cultural Chinesa é descrita como “uma experiência muito original” onde, “em todos os cantos, se falava da luta contra os quatro velhos: velhos hábitos, velhas culturas, velhas idéias, velhos costumes”. A ditadura de Fidel Castro é elogiada a começar pelos fuzilamentos no paredón. A derrocada da União Soviética é atribuída aos profissionais com curso superior, por terem “inveja” da classe média dos países desenvolvidos. “Queriam ter dois ou três carros importados na garagem de um casarão, freqüentar bons restaurantes, comprar aparelhagens eletrônicas sofisticadas, roupas de marcas famosas, jóias.”

Intitulado “O MEC acorda tarde”, esse jornaleco, sob a égide de um jornalistazinho, respaldo por outro tão igual a ele, manifesta claramente a sua reprova à obra de Mário Schmidt. Endossando a publicação de artigo do jornalista Ali Kamel, do jornal O Globo – certamente um desses puxa sacos do falecido Roberto Marinho – a matéria da Folha ao aludir a respeito do livro didático História Crítica do Brasil, a qualifica como “socialista radical” e tenta passar uma visão repugnante ao público leitor.

Convenhamos, eles, as “Organizações Globo”, na figura do Sr Roberto, no passado estiveram por trás do Golpe Militar de 1964 e agora vemos mais uma vez seus ataques reacionários. Deviam saber que o público brasileiro já não é mais tão otário e alienado como no passado, as coisas mudaram! Estamos numa democracia e somos livres. Recentemente eles criticaram um suposto “Conselho de Jornalismo” que o presidente da República propôs criar alegando que isso iria ferir a “Liberdade de Imprensa”, agora são eles que querem caçar a liberdade de publicação das pessoas, certamente são contra também a “Liberdade de Cátedra do Professor” e devem estar elogiando muito o “Jornal dos Alunos” e torcem até para que o governo promova um material único e alienante para professores e alunos.

O senhor Roberto Marinho (HOJE FALECIDO), com os que hoje se auto-intitulam “Organizações Globo”, foram beneficiados pelos ditadores do capitalismo do Golpe de 64. Eles sempre estiveram associados a mídia norte americana, especificamente à revista Life e são antipatriotas ao promoverem a propaganda imperialista nas novelas, filmes etc. Caricaturas do Tio San, massificam as idéias e faz a cabeça da população. Numa entrevista antes de ir a óbito Roberto Marinho confirmou que teria manipulado os números do jornalismo da Globo no último debate entre Lua e Color e que isso deu a vitória a Color. Em 1990, a própria Globo teria feito um massacre ideológico para a derrubada de Color. Coisa de louco! Eu nunca vi empresário correndo com a bandeira do Brasil nas costas em manifestação patriótica, no entanto, um desse empresários percorreu uma longa distância pelas ruas do Rio, com a cara pintada de verde-amarelo e uma bandeira! É inédita essa manifestação.

E os estudantes “Caras-pintadas”, quem eram eles? Certamente classe média alta que se manifestava. Nunca vi a Globo exibir nada crítico, nessa época, me lembro que foi exibido “Anos Rebeldes”, dias antes dos “caras-pintadas” se manifestarem e o Color, levar um pé no traseiro do Congresso e do Senado brasileiro com o Empeachiment.

Chega de reacionários! Quem são eles para reprovar uma obra? Eles publicam livros de capa dura para iludir as pessoas e induzi-las a consumir seus jornalecos.

Eles telefonam para casa da gente em horários impróprios e tentam empurrar goela abaixo das pessoas à compra de pacotes de jornais, insistem e violam nosso descanso com suas falsas promoções. Matérias preconceituosas são publicadas por revistas e jornalecos como estes, publicam charges do presidente como figura de um boi, sapos e bichos que o ridicularize. Esses mesmos já agiram assim num passado distante quando publicaram caricaturas do presidente do Paraguai antes da guerra. Para jogar a opinião pública a favor do massacre que o Brasil promoveria a mando da Inglaterra no passado, Solano Lopez aparecia como figuras grotescas de animais repugnantes, hoje eles agem do mesmo jeito. Certo dia Arnaldo Jabor em sua pseudo crônica chamou o presidente no início do mandato de “Sapo Barbudo”, o que me causou indignação pelo desrespeito a uma das maiores autoridades do país. Por que não fizeram isso com os militares na ditadura? Eles sabem aonde o calo aperta! Esses babacas violam a nossa privacidade e se acham os donos da verdade. Não! Isso é uma palhaçada... Vejam a publiqueta da matérizinha jornalística do Jonaleco reacionário da antidemocrático da Folha que não passou nem pelo teste da fotossíntese, e agora junto com o Estado de São Paulo é solidária com artigueto do jornalista Ali Kamel, do jornal O Globo que reprovou o livro História Critica do Brasil. Parabém ao Max Luiz Gimenes que foi muito eloqüente à crítica que fez demonstrando sua indgnação à matéria do Globo. Eu também como professor de História me consolidariso com o companheiro e reforço a sua crítica. Vejam o que diz o companheiro a respeito:

“As Organizações Globo – corretamente criticadas no livro por seu histórico de manipulações políticas – não deixaram barato e pressionaram o Ministério da Educação (MEC), que veio a público anunciar que vetou a participação da obra no PNLD (Programa Nacional do Livro Didático), que oferece ao professor de escola pública uma lista de livros para que este adote o que considerar melhor, ficando o governo responsável pela compra e distribuição. Cerca de 50 mil professores de todo o país, das redes pública e privada, já escolheram a coleção “Nova História Crítica”, tornando-a um verdadeiro sucesso. A atitude do MEC, ao reprovar a obra em sua avaliação, atentou contra todos os princípios de liberdade: a de escolha, a de expressão e, sobretudo, a de se poder aprender e refletir sobre os acontecimentos históricos de maneira independente e crítica, indo muito além da “decoreba” de nomes e datas importantes – como querem os defensores desse obsoleto modelo tradicional.

Após o “O Globo” trazer a polêmica acerca do livro à tona, os outros grandes jornais, como “Folha de São Paulo” e “O Estado de São Paulo”, endossaram as críticas de Ali Kamel. Supostamente em nome da verdade e da liberdade, esses veículos repetiram os trechos apresentados por Kamel e, de maneira irresponsável, desqualificaram um valoroso trabalho. O modo superficial e manipulador com que a questão foi tratada é assustador. Os meios de comunicação já citados apontaram erros de português no livro, que podem até existir, um aqui e outro acolá; erros que vez por outra também freqüentam as páginas desses mesmos jornais. Entretanto, erros de português podem ser corrigidos em uma próxima edição. O que mais chama a atenção é a coragem de, sem uma leitura integral prévia, os jornais acusarem o livro de conter erros conceituais, o que é uma mentira daquelas que só se consegue contar quando se tem uma enorme cara-depau ou um sangue demasiado frio.

Ah, a liberdade. Fundamento tão citado como a principal qualidade da sociedade capitalista. Mas que liberdade é essa, senão a plena liberdade de se calar e obedecer às redeterminações da fraterna e intuitiva elite política e econômica? Pois é. A elite determina, o povo cumpre e a roda da história continua a girar. É assim que prega a hipócrita e pretensamente democrática cartilha liberal-burguesa. Atender ao predeterminado, ser conivente com a sociedade injusta que aí está é ser imparcial; desafiá-la, julgá-la ou mesmo colocá-la sob uma simples análise crítica é ir contra a democracia, é ser tendencioso. E foi exatamente assim que aconteceu no caso do livro do professor Mario. (Que previsíveis se tornaram os burgueses... Onde estará a criatividade capitalista, geralmente atribuída à premissa – um tanto desumana – da competição?).

A obra em questão é extremamente didática – ao contrário do que disse a “Folha de São Paulo” em editorial chamado “A lata de lixo da História” (20/9/2007). Contém charges, gráficos, ilustrações e outros recursos que facilitam a compreensão do período estudado e que dificilmente são vistos em outros livros. E, o que é mais importante, não há nele a pretensão de ser o dono da verdade. É com humildade que Mario Schmidt escreve, logo nas primeiras páginas, que o livro poderiam ter sido escrito de outra maneira, tão válida quanto a dele. E deixa o alerta: “Por isso, nunca se esqueça de que duvidar e questionar são atividades muito saudáveis”. Se os jornalistas envolvidos nas matérias e editoriais sobre a obra “Nova História Crítica” tivessem se dado o trabalho de ler – ao menos – as dez primeiras páginas do livro, certamente teriam aprendido muito. E, quem sabe, escrito muito menos bobagens.”

Gostaria de salientar que a história do Brasil precisa ser passada a limpo e precisa ser reescrita. Temas falsos como “Revolução de 30” não passaram de briga entre elites. O povo nem participou, e nem se chama de Revolução uma briga de interesses que não alteraria em nada a estrutura econômica e política do país que continuaria a ser comandada pela ideologia burguesa capitalista, onde já se viu chamar o Golpe de 64 de “Revolução de 64”? “Revolução Constitucionalista de 34”? Onde se viu isso? Só nos livros de História brasileiros mesmo. Revolução acontece quando se muda a estrutura e o sistema econômico e político de um país, e não foi isso que aconteceu aqui. Isso pode ter acontecido sim, em Cuba 1959, China 1949, Rússia em 1917, na França 1889, menos no Brasil. Nunca houve uma Revolução com letra maiúscula nessa terra de Vera Cruz. O que sempre houve foi rearranjo político e briga de elites na disputa por poder, e um exemplo disso foi a “Política do Café-com-leite” que permitia as elites de São Paulo e de Minas Gerais se revezarem no governo federal até que Washington Luis quebra o acordo indicando o paulista Julio Prestes pra presidente na vez dos mineiros. Isso desencadeou a chamada reacionariamente “Revolução de 30” que colocou Vargas no poder. Igualmente o Golpe Militar de 64, que foi dado contra o povo em favor da CIA e dos Estados Unidos. Milhares de estudantes, artistas, escritores, professores como Paulo Freire, cantores etc foram presos e exilados, outros desapareceram e foram mortos pelos covardes a servisso do capital norte americano. Isso que eles querem que os livros apresentem como “revolução”. Revolução? Não sei da onde! Talvez seja pra que os professores continuem trabalhando a favor do “status quo” das elites abastada e alienando os alunos. É por isso que criticam e reprovam o livro didático História Crítica de Mario Schimidt. Eles querem que continuemos a ensinar que o Brasil foi descoberto por Cabral; que os nativos aceitaram pacificamente a dominação; que os negros entraram tranquilamente nos navios negreiros e vieram passar umas férias na colônia e gostaram tanto que nunca mais quiseram voltar à África e que suas famílias concordaram em ficar para trás; que o banzo foi apenas uma crise de depressão passageira e que a miscigenação aconteceu de forma tão voluntária que surgiu essa raça linda e maravilhosa descrita por Darcy Ribeiro no livro “Povo Brasileiro”. Concordo que somos mesmo um povo lindo e que em nenhum outro lugar tem modelos, mulatas e morenas, negras lindas como as nossas musas do carnaval, porém, não podemos iludir nossos alunos com a idéia de que a mistura de raça que se deu foi voluntária. Sabemos que tudo isso nasceu de violências e estupros e que nenhuma índia ou negra pediu para ficar com o senhor de engenho ou com branco colonizador por algumas horas promiscuas, mas foram forçados a coabitarem com o branco pela força e coação. A escravidão também foi forçada, Zumbí foi morto e Izabel levou a fama no 13 de maio de 1888.

A obra de Mari Schmidt só mostra a outra versão da História, que esses jornalecos e jornalistazinhos e a elite financeira e privilegiada não querem que seja contada. Eu nunca mais li Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, O Globo e nem Revista Veja por serem reacionários, eles festejam a renúncia de Fidel como se fosse aqui, comemoraram o enforcamento de Sadan mas jamais condenaram os torturadores militares de 64. Que farsantes! Esses sacripantas são contra-revolucionários e defendem os inescrupulosos interesses do capitalismo nacional e internacional, se rendem aos EUA e festejam com eles todos os massacres e invasões que já promoveram. Condenam Sadan e aplaudem a destruição de Hiroshima e Nagasak, torcem para a morte de Fidel e esquecem que 60 por cento das terras cubanas estavam hipotecadas pelos empresários dos EUA antes da Revolução, apóiam as ações da CIA e da ONU que invadem nossos laboratórios para ver se aqui não se tem experimentos atômicos, porém, eles lá fora podem se armar. Jornalistaszinhos de merda!