INFLAÇÃO - DOENÇA DESGRAÇADA!

São as palavras do Presidente da República. Avisa as famílias para que tenham cuidado com o consumo, pois este vem crescendo mais que a capacidade produtiva do país. Quando isso acontece, ao invés do empresário fabricar mais, o que requer investimentos, ele - o empresário - simplesmente aumenta os preços. Rápido e fácil.

Na década de 60 criou-se, à força de concursos públicos, uma classe dita média, com o fim exclusivo de consumir juros. Garantiram-se ganhos acima da média via contratações na CEF, Banco do Brasil, Petrobrás e outras menos votadas. Desenvolveu-se uma indústria "nacional" que simplesmente "inventava" preços, totalmente dissociados da realidade internacional. Toda e qualquer incompetência produtiva ou administrativa era repassada a esses preços, de forma a garantir a lucratividade dos "empresários" brasileiros. E como esses preços eram muito acima do razoável, desenvolveu-se um mercado de crédito muito ativo. Comprar "em vezes" era o esporte nacional. Duas classes então, os fabricantes e os banqueiros foram beneficiados, em detrimento de toda uma sociedade. Nada de novo na história do Brasil.

Novo milênio, nova administração da república, mesma história. Com um mecanismo perverso, chamado "desconto em folha", o governo criou uma nova forma de transferir os ganhos dos nacionais diretamente aos empresários e banqueiros. Agora com o risco minimizado ao extremo. Os bancos aplaudem. E contribuem com as campanhas políticas em anos eleitorais. E outras pequenas benesses, como pagar o jantar de fim de ano dos funcionários da Receita Federal. Bolsas estofadas podem ser mais pródigas!

Para a indústria e comércio, ampliaram-se os prazos dos tais "em vezes". É possível hoje comprar um veículo em até 72 prestações. Que maravilha! São apenas 6 anos. Como passam rapidamente. E, ao final deles, tendo pago mais de 2 automóveis, lá vai o feliz comprador trocar a sua lata velha por uma nova em folha. E já sai da concessionária impressionando a vizinhança. Não mostra para ninguém aquela "enciclopédia" de setenta e duas páginas que vem no porta-luvas.

Se a idéia é manter o consumo familiar dentro da capacidade produtiva nacional, não seria mais óbvio diminuir esses prazos?

Assim, meu amigo, quando vc for ao armazém, antes de adquirir sua maria-mole, investigue qual a capacidade produtiva do fornecedor. Se estiver no limite, não compre. Mesmo que tenha o anel de brinde! Afinal, vc não vai querer que sua maria-mole seja a responsável pela volta da "doença desgraçada", a inflação!

EDUGIG
Enviado por EDUGIG em 15/03/2008
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