O NEGRO

Atualmente o continente africano tem 54 países. Abaixo indicam-se as principais regiões da África e os países que as compõem. Divisão política da África.

África Meridional : África do Sul, Angola, Botswana, Comores, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia, Zimbabwe

África Ocidental: Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, São Tomé e Príncipe, Togo

África Setentrional: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Saara Ocidental, Sudão, Tunísia África Oriental: Burundi, Djibouti, Eritreia, Etiópia, Quénia, Ruanda, Seychelles, Somália, Tanzânia, Uganda

África Central: República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Chade, Congo.

Quem se considera Negro? O Negro não é só a pessoa que tem a pele negra. Ser Negro é ter também a descendência. Existem vários tons de Negro. Muitos negros não assumem a raça. Nós como educadores temos que mudar o discurso, e falar do Negro sem preconceito. Temos que ajudar o Negro a assumir a identidade e valorizar-se para que no futuro não tenha problema com a auto-estima. Trabalhar em sala de aula sobre os Negros é uma forma de resgate cultural. O dia da Consciência Negra é um dia de luta, e somente quando se discute esse tema é que nota-se o quanto o racismo e o preconceito ainda são muito fortes. Os Negros quando vieram para o Brasil, vieram como escravos e roubaram-lhes até os direitos. Ao ser levantado a questão sobre o próprio Negro ser racista, o que se diz é que ele é induzido a ser preconceituoso devido aos comentários da sociedade que escuta desde pequeno. A família precisa trabalhar com a criança essa questão e incentivá-la a se aceitar como ela é. A cota para os Negros existe. Isso é bom ou ruim? Críticas são jogadas a todo tempo, a idéia contrária a programas que investem no sistema de cotas é a mesma: investir na base da educação pública. Porém, essa maneira de resolver o problema de exclusão racial no país não é tão eficaz e rápida quanto à do sistema de cotas que, em pouco tempo, incluirá um percentual significativo de Negros no ensino superior. A medida apresentada pelo Governo Federal é aceitável, afinal declaradamente 49,5% da população do Brasil é negra e parda e 49,9% é branca, sendo que somente 2% do total de universitários são negros para 97% de brancos. Uma diferença alarmante e desproporcional. Para participar do sistema de cotas, o candidato se auto-declara, ou seja, ele mesmo diz ser negro ou não. Permito-me usar uma expressão popular, seria cômico se não fosse trágico, pois eu mesma já me deparei com pessoas de pele clara se declarando negras ou pardas para usufruir de um benefício que não é seu. É uma oportunidade gerando a artimanha de alguns. Os órgãos governamentais deveriam investir melhor nesta questão, nesta reflexão. Muitas pessoas declaram ser Negras apenas na hora de concorrer a uma vaga. Diante de um país democrático – pelo menos tenta ser -, os negros ainda não conseguiram alcançar o seu devido espaço perante uma sociedade onde as pessoas de classe média alta, brancos e com roupas de marca mandam. O espaço em que os negros deveriam estar não é acima dos brancos como uma posição inversa do período colonial. Mas, simplesmente, deveriam ocupar o mesmo patamar e ter as mesmas oportunidades. Se assim fosse, não haveria a necessidade de se criar programas de inserção social (ou melhor, racial) que desperta a aversão de algumas pessoas, principalmente, daqueles já incluídos socialmente que, de alguma forma, devem se sentir ameaçados. Classificar a raça de alguém vai muito além da cor da pele e características físicas, como cabelo, olhos etc. É algo também provado através da genética. Recentemente, alguns famosos foram testados geneticamente pela BBC sobre qual raça predomina neles. A ginasta Daiane dos Santos possui 40% de raça européia, 39% Africana e 20% ameríndia nos seus genes; o cantor Neguinho da Beija-flor possui 67% européia, 31,5% africana e 1,4 ameríndia; a atriz Ildi Silva é 71,3% européia, 19,5% africana e 9,3% ameríndia. A olho nu, certamente, diríamos que os três são negros, mas a ciência prova o contrário. Os genes europeus - continentes onde a população é predominantemente branca – prevalecem. E, agora, qual é a sua cor? O Brasil pode até ser um país de raças, mas não é ela que causa as diferenças sociais. A situação econômica dos cidadãos, independente da cor da pele, é que dita o lugar de cada indivíduo na sociedade. Infelizmente, na sua maioria, os menos privilegiados educacional e financeiramente são os negros ou pardos. Isso gera olhares de menosprezo pelos brancos de status. Gera o preconceito. Sinto-me no dever de usar aqui uma frase dita pelo presidente Lula: “o preconceito é uma das doenças mais nojentas que a sociedade criou”. É forte, porém expressa exatamente a consciência dos brasileiros que querem um país igual para todos. Temos que valorizar todas as culturas. A história do índio e do negro pôde nos conduzir à idéia equivocada da vida e da história dessas etnias As pessoas preocupam-se apenas com aspectos folclóricos da cultura e dos costumes dessas raças. Os negros são apresentados como submissos e caracterizados com roupas típicas. Temos que mudar essa realidade e garantir o espaço dele na sociedade.