HOMEM, O SEXO FRÁGIL DO CASAMENTO

Várias vezes falei e escrevi sobre isto. Volto a fazê-lo, pois é preciso que nos conscientizemos desta verdade.

Em busca de prazer, imposto pela pulsão da vida (eros), somos passivos às manobras da nossa primeira namorada, nossa mãe, que também nos salva da pulsão da morte (tanatos). Elas só não nos dão o sexo; até da vida elas se privam, para "viver para seus filhos".

Achando cômodo, eles se acomodam e mamam por toda a vida a preguiça de pensar, de agir, de ser gente.

E isto tem um preço caro: costumam casar-se com alguém que repita o tudo que a mãe lhes dava, mas não aprenderam, por isto se esquecem do amor; confundem-no com o sexo, a volúpia.

Às filhas, esquecidas propositalmente, é exigido todo um sacrifício, uma ordem, uma virgindade absurda e não lhes é dado o direito de sentirem, emanciparem, ser gente. Muitas delas partem para uma busca sexual, por "moderna ação"; poucas o aprendem. Passam a vida buscando o príncipe encantado, que chega ao palácio branco, de cortinas vermelhas, montado num Corcel, que nem fabrica-se mais. Melhor seria, como disse o Louro José, “que buscassem o lobo mal, que tem olhos grandes para vê-las melhor, orelhas grandes para ouvi-las melhor e tcham-tcham-tcham-tcham!”

Vejo em minha lide diária, como psiquiatra, que as mulheres emancipadas, donas de seu corpo, trabalho, consciência de si como pessoa, de início sentem-se desamparadas, mas depois sabem valorizar cada coisa da vida, cada gesto de generosidade e não se postam como serviçais, criadas mudas dos senhores feudais, a quem muitas vezes odeiam, sejam chefes, maridos, patrões.

Muitas delas temem ser confundidas com homens, masculinizadas, mas elas sabem guardar e precisam mostrar sua feminilidade, que faz dos homens seus admiradores.

É preciso que vivam por inteiro, ensinar aos homens a ser Homens, não conjugues (dominantes).

Aos homens necessário se faz que compreendam ser preciso perder o medo de falhar, perceber que o amor é responsabilidade dos dois e sentir-se, em muitos momentos, companhia para a mulher, mobilizando seu lado feminino, que todos têm, e solicitar que elas lhes mostrem seus gostos, predileções no sexo, seus pensamentos e suas esperanças.

As mulheres não devem fazer o jogo do gato e rato, que pode parecer excitante, capturador e dominador do seu homenzinho, mas que, com certeza, se tornará um “estropício”, no linguajar mineiro.

Se virar resto, o casamento se tornará pescarias com prostitutas e bares repletos de homens frágeis, da fala grossa, mas ejaculadores precoces ou impotentes, com certeza dignos de uma boa terapia!

Os filhos? Bem esta é outra repetição do vídeotape.

E glória a Deus nas alturas, e sabedoria que pode ser captada pelos homens e mulheres de boa vontade.

______________________________

drmarcio@drmarcio.com