O aborto: seja qual for sua opinião, leia primeiro sobre a "PÉZADA".

O aborto: seja qual for sua opinião,

leia primeiro sobre a ‘Pézada’.

Por Poet Ha, Abilio Machado.

Não importa qual é sua opinião, contra ou a favor, há algumas formas que são criminosas. E a procura pelo aborto tem crescimento nas clínicas clandestinas... Segundo a OMS, o aborto está entre as principais causas de mortalidade materna no Brasil (sendo superado apenas por problemas na gravidez de risco. No parto e no câncer ginecológico). Por este motivo a sua legalização começa a tomar tamanho em algumas ONGs e organismos como solução do problema.

A advogada A. Vasconcelos trabalha há anos com meninas prostitutas em Recife, tentando recuperá-las para o mercado de trabalho. Quando começou a cuidar destas meninas, Ana ficou intrigada ao ouvir uma expressão desconhecida e usada como sinônimo de aborto. De fato, é uma palavra estranha: PEZADA.

Ela acompanhava uma descontraída conversa entre duas meninas. Uma delas contou que há dias tinha feito um aborto e, enfim, estava livre da gravidez que lhe tirava os clientes da rua:

__ Como tirou?-quis saber a outra garota que a ouvia.

__ Foi com a ‘Pezada’. -respondeu.

__O que é ‘Pezada’- perguntou a advogada querendo saber do que tratava.

A menina se pôs a explicar deixando Ana estarrecida.

__PEZADA é levar um chute forte na barriga. É um meio fácil e certeiro de perder a cria, e ainda por cima é barato, não precisa de médico, basta apenas que se ache alguém disposto a fazer o desserviço. - relatou a menina.

A Advogada relembra que ficou algumas noites sem dormir direito quando soube daquele fato.

Começou a investigar e descobriu três maneiras do estilo ‘pezada’. Com os médicos que atendem aos Prontos Socorros públicos soube que uma boa quantidade destas meninas que se submetiam a esta técnica de chutes no estômago eram internadas com infecções e hemorragias. Soube que a segunda maneira era aplicada pelas prostitutas mais velhas que difundiam o meio por ser mais em conta e o terceiro e mais aterrador era que o aborto á ‘pezada’ era realizado por policiais do Recife que espancavam as jovens prostitutas quando por acaso brigavam nas ruas. (GT/97)

Por mais que exista a liberdade, o direito natural de livre pensar, agir e expressar, não se aterrando a códigos, padrões ou dogmas, ou qualquer outra forma de castração. Temos que olhar a gravidez na adolescência e a proliferação dos abortos clandestinos e criminosos por outros olhares, as inúmeras manifestações como: falta de acompanhamento da vida diárias dos filhos pelos pais que hoje vivem ambos na carga de trabalho, uma omissão devido ao trabalho exarcebado. Inexperiência em alguns casos, onde a ilusão do mundo da fantasia e do príncipe em cavalo branco, falta de vontade política do estado ao controle de natalidade e prevenção contra a gravidez indesejada, ignorância dos jovens que abusam da sua liberdade? Quais opções temos para jogarmos a culpa, mas quando vamos acatar a nossa parcela desta culpa, pois afinal nós somos parte do estado de direito. Vivemos num país onde a medida é remediar e nunca atacar a causa, temos uma política de empurrar com a barriga todas as dificuldades, o município joga ao governo e este ao federativo e quem paga o preço desta briga por fazer é o povo.

A polêmica está no ar, tabu ou debate aberto, nesta matéria minha intenção não é oferecer minha opinião á sua goela abaixo e sim fazer-te manifestar sua própria opinião, te fazer pensar...

Se quiser responder ou dar sua opinião fique à vontade.