No jogo da vida

          No jogo da vida

 
             Quem acredita no amor? Façam suas apostas!

          Relacionamentos, como todo mundo sabe, são complicados. Querendo ou não, por mais que pensemos que tudo está em ordem, de repente nos vemos embaralhados. Afinal, considerando que muita gente fica blefando o tempo todo, é recomendável que se fique com um pé atrás, contudo, mais cedo ou mais tarde, há de se pagar para ver.


          De início, invariavelmente, a gente se julga um ás, por que tudo corre às mil maravilhas. Todavia, quando pensamos que já somos o rei da situação, sempre há uma dama que insinua que poderíamos ser um valete melhor. Repentinamente, a relação trinca e nos fechamos em copas, tentando preservar o que resta. Por menos que queiramos cruzar espadas, vem alguém e nos acusa de ser um canastrão, acabando por nos deixar ali, atônitos e embasbacados, jogados num canto como um dois de paus.


          Talvez por isso, hoje em dia, as pessoas tenham aversão a compromissos e assim proliferam os que preferem só “ficar”, permutando parceiros que são curingas que podem servir para qualquer ocasião. Porém, ainda há quem jamais se preste a isso e busque evitar relações desse naipe. De qualquer forma, mesmo respeitando os “ficantes” é bom alertar para que eles se previnam, porque há por aí quem guarde cartas na manga e, a qualquer instante, o que era superficial pode se tornar mais sério e profundo.


          Eu nunca fugi dos desafios e, em se tratando de amor, arrisquei tudo e apostei alto. Não vou, aqui, esconder o jogo. Confesso que eu mesmo, muitas e muitas vezes já fui descartado. Só que, se o amor é tal qual um castelo de cartas, esta vida é como uma aventura de videogame e eu, toda vez que pensaram que já havia morrido, voltei à ação porque sempre guardo mais uma vida e, assim, vou evoluindo para os próximos níveis.


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