Sem duração, contínuo, continua.
Tanta emoção, ou razão nua e crua.
Abre o caixão, uma ação que perdura.
Pois foi em vão, está vazio, há ruptura.
Escapou de lá, correu para os braços
De um doce lar, feito com lindos traços.
Não mais a velar, abandona o fracasso.
Eterno será, não mais parte do espaço.
Mais um sonho, lindo, que se partiu,
Nada estranho, nele nunca existiu.
Nada ganho, eternidade é o vazio,
então pressuponho, sou eterno e ardil.
A ilusões me apego, são minha casa agora.
A tragédias me nego, de ser autor, me revigora.
A telas me prego, fissurado ou virei história
De um pesadelo cego, tão eterno, meu canto de glória.