Domingo a tarde eu peguei minha viola,

e numa sombra eu tocava uma canção

era uma musica do mestre Tião Carreiro,

e que falava das belezas do sertão.

alguns amigos que passava me ouviam,

e perguntavam de onde vem inspiração

eu respondi esse dom ele e divino,

pois do poeta não lhe cabe explicação.

E quando o sol escondia no horizonte,

e as estrelas no céu foi aparecendo

fiquei sozinho com a viola nos meus braços,

ate os amigos foram desaparecendo.

mas de repente quando olhei no infinito,

eu vi uma luz destacar na escuridão

fiquei pasmado sem saber o que fazer,

não tinha medo mas doía o coração..

Naquele instante ouvi um som de viola,

em meio as nuvens parecendo um trovão

eu conheci que era metre Tião Carreiro,

que apareceu pra me dar explicação.

ele me disse eu não tenho muito tempo,

mas a verdade eu vou lhe dizer agora

o meu talento eu deixei com uma violeira,

de Cuiabá seu nome e Bruna Viola.

Essa menina eu deixei minha confiança,

tenho certeza vai cumprir sua missão

com a viola afinada em seu braços,

não tem caboclo que não chora de emoção.

naquele instante percebi que era um sonho,

que privilégio que tive naquela hora

sonhar com o mestre e a rainha dos violeiros,

Tião Carreiro e Bruna Viola.