SENTIR A POESIA...

Publicado por: Paulo Moreno
Data: 02/04/2011

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TEXTO: Sentir a Poesia AUTOR: Paulo Moreno VOZ: GUTO RUSSEL ARRANJO: GUTO RUSSEL EFEITOS: GUTO RUSSEL CREDITOS: Guto Russel faz áudios para escritores. Locução publicitária e propagandas. Ele possui uma pagina no Recanto. http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=15837
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SENTIR A POESIA...

Tenho o costume de escrever sentado na praça perto de minha casa.

Mas nesse dia algo diferente me aconteceu:

Uma garotinha por nome de Eloísa viu-me escrevendo e perguntou:

- O que você escreve?

Respondi surpreso pela curiosidade da jovenzinha:

- Tento escrever uma poesia.

Ela se interessou e me disse animada que gostava muito de poesias, porem não sabia escrevê-las.

Olhei para a pequena jovem e fiquei feliz por ainda nesta nova geração ter pessoas que gostam de ler. Pessoas que gostam de poesias.

Ela ainda me disse que gostaria de escrever uma poesia. E logo perguntou:

- O que é preciso para escrever uma poesia?

- Lápis, papel e inspiração.

- Hamm! Essa ultima é que me falta. Como adquiri-la?

- Fácil, isso é muito fácil.

- Sério?

- Sim... Feche os olhos... e olhe de dentro pra fora...

- Certo, e agora?

- O que você vê?

- Nada, estou de olhos fechados.

- Ok, reformularei a pergunta. O que você sente agora?

- Sinto o vento em meu rosto, trazendo o cheiro das flores que estão à nossa volta.

- Sinto ainda o calor do sol e o canto dos pássaros!

- Viu? Você fez poesia!

E completei:

- Poesia é o que nos é explicito, mas com a nossa percepção podemos mudar ou potencializar o que vemos, ouvimos e sentimos.

- Poxa! Então é isso?

- Sim pequena Poetisa, é isso!

Ela agradeceu e foi embora.

Depois disso, não vi mais a pequena jovem amante das letras, mas depois de alguns dias voltando a praça, Seo Julio o guardião me entregou um pedaço de papel que dizia assim:

“Caro amigo que não perguntei o nome...”

Agradeço por me mostrar o caminho da poesia, e gostaria de dedicar essas pequenas palavras a você:

***SINTO A POESIA***

O cheiro doce do suave vento

Beija meu rosto, abraça meu pensamento.

O banco da praça é meu cavalo alado

Vôo a lugares, mesmo ele estando parado.

Sinto a poesia que está no ar

Uma beleza tão grande, não dá para contar.

Uma palavra amiga me fez sentir o que antes não sentia

Precisei fechar os olhos para enxergar a poesia.

Obrigado meu amigo.

Com todo o carinho do mundo.

Eloísa.

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Naquele dia não escrevi, levantei-me e para casa me dirigi muito feliz pelo presente recebido.

“A poesia verdadeira é aquela que podemos sentir.”

Paulo Moreno
Enviado por Paulo Moreno em 16/03/2011
Código do texto: T2852414
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