Não Me Convidem a Ser Igual...

Publicado por: Grace Fares
Data: 01/08/2011
Classificação de conteúdo: seguro

Créditos

Crônica de Grace Fares sobre a crônica plagiada de Clarice Lispector e possivelmente um trecho de Bruna Lombardi Vozes das Apresentações - Odair Silveira (DJ Baco) E Wanda Rabello ( Dj Parole). Voz da Interpretação do Texto - Grace Fares (DJ Grace) Trilha Sonora Mozart's Piano Concerto #21 (Adante In F Major) - Por Stanley Jordan Musica Complementar - Windmills of Your mind, com José Feliciano. Edição de Som - Wanda Rabello Editado e Gravado pela equipe de gravação Dom Em Vozes.
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

"Denuncia Aberta de Plágio."( Com Áudio)

Coincidências existem?

Sem dúvida!

Um Título igual, uma frase.

Mas daí estrofes inteiras ou trechos inteiros de uma Cronica,é abusar da inteligência e do saber do outro.

Infelizmente isto acontece aqui nesta casa dentre outros lugares, onde existem poetas e pretensos poetas, que não passam de simplesmente copiadores de poesias e pensamentos alheios.

Já li uma poesia que as 4 estrofes que o compunham, eram de 4 autores consagrados.

A pessoa somente juntou as estrofes e publicou como sendo seu.

Coisa de patife, óbvio!

Clarice Lispector era uma advogada, poetisa e escritora maravilhosa, que na realidade escrevia para ela e, não para agradar ninguém. O que fazia muito bem, mostrando seu caráter e sua forte personalidade.

Muitos homens e mulheres na pretensa literatura Brasileira, gostariam de ter pelo menos o mínimo do pensar desta magnífica mulher arrojada e que escrevia com pujança...

Tenho visto plágios descarados aqui em perfis tomando para si a crônica de Clarice: Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!

"Já escondi um amor com medo de perdê-lo,

Já perdi um amor por escondê-lo...

Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo,

Já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.

Já expulsei pessoas que amava de minha vida,

Já me arrependi por isso...

Já passei noites chorando até pegar no sono,

Já fui dormir tão feliz,

Ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...

Já acreditei em amores perfeitos,

Já descobri que eles não existem...

Já amei pessoas que me decepcionaram,

Já decepcionei pessoas que me amaram...

Já passei horas na frente do espelho

Tentando descobrir quem sou,

Já tive tanta certeza de mim,

Ao ponto de querer sumir...

Já menti e me arrependi depois,

Já falei a verdade

E também me arrependi...

Já fingi não dar importância a pessoas que amava,

Para mais tarde chorar quieto em meu canto...

Já sorri chorando lágrimas de tristeza,

Já chorei de tanto rir...

Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,

Já deixei de acreditar nas que realmente valiam...

Já tive crises de riso quando não podia...

Já senti muita falta de alguém,

Mas nunca lhe disse...

Já gritei quando deveria calar,

Já calei quando deveria gritar...

Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns,

Outras vezes falei o que não pensava para magoar outros...

Já fingi ser o que não sou para agradar uns,

Já fingi ser o que não sou para desagradar outros...

Já contei piadas e mais piadas sem graça,

Apenas para ver um amigo mais feliz...

Já inventei histórias de final feliz

Para dar esperança a quem precisava...

Já sonhei demais,

Ao ponto de confundir com a realidade...

Já tive medo do escuro,

Hoje no escuro "me acho... me agacho... fico ali"...

Já caí inúmeras vezes

Achando que não iria me reerguer,

Já me reergui inúmeras vezes

Achando que não cairia mais...

Já liguei para quem não queria

Apenas para não ligar para quem realmente queria...

Já corri atrás de um carro,

Por ele levar alguém que eu amava embora.

Já chamei pela mamãe no meio da noite

Fugindo de um pesadelo,

Mas ela não apareceu

E foi um pesadelo maior ainda...

Já chamei pessoas próximas de "amigo"

E descobri que não eram;

Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada

E sempre foram e serão especiais para mim...

Não me dêem fórmulas certas,

Porque eu não espero acertar sempre...

Não me mostre o que esperam de mim,

Porque vou seguir meu coração!...

Não me façam ser o que eu não sou,

Não me convidem a ser igual,

Porque sinceramente sou diferente!...

Não sei amar pela metade,

Não sei viver de mentiras,

Não sei voar com os pés no chão...

Sou sempre eu mesma,

Mas com certeza não serei a mesma para sempre."

“Gosto dos venenos mais lentos! Das bebidas mais fortes! Dos cafés mais amargos! E os delirios mais loucos. Você pode ate me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: E daí, eu adoro voar!!

Clarice Lispector

Lindo Não?

Pois é... Mas é da Clarice Lispector!

Então da frase : Não me dêem formulas certas... até: Mas, com certeza, não serei a mesma para sempre. Rolam por aqui no Recanto em perfis e ainda dizem que esta são elas e eles e que isto é seu, escrito por eles.

E quem aceita, mostra o seu parco conhecimento da literatura Brasileira em um todo.

Este ato criminoso vai contra a Lei federal dos Direitos Autorais 9610/98, ainda mais tratando-se de um autor imortal como é o caso da Clarice Lispector.

Também dizem que este trecho: _ “Gosto dos venenos mais lentos! Das bebidas mais fortes! Dos cafés mais amargos! E os delirios mais loucos. Você pode ate me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: E daí, eu adoro voar!!

É de Bruna Lombardi em seu livro"O perigo do dragão ". O título do poema é ALTA TENSÃO. Na edição de 1984, o poema se encontra à página 36.

Sendo ou não o trecho da clarice ou de bruna Lombardi, com todos os seus erros de sintaxe (por parte da Bruna). Ele está atrelado à crônica de Clarice Lispector e, até a a Bruna Lombardi pronunciar-se, fica aqui a gravação do texto, assim como ele, para a sapiciência de todos e dos plagiadores(as), para que não plagiem mais, porque nada fica sem ser descoberto.

Por favor, dêem os créditos da Clarice e de quem merece, por serem os reais donos dos pensamentos plagiados.

Se de Clarice, nem como domínio público pode configurar, porque ainda não tem 70 anos de sua morte. E ainda assim, teria que ser dados os créditos à autora, por questão de ética e moral.

E o trecho que dizem ser de Bruna Lombardi, esta, ainda vive.

Que cada um faça sua poesia de acordo com os seus pensamentos, prolixos, positivistas, racionais, enfim....

Nada melhor do que sermos nós autênticos, verdadeiros...

Grace Fares
Enviado por Grace Fares em 01/08/2011
Reeditado em 01/08/2011
Código do texto: T3132900
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.