Ontem, o riso era mais puro,
da alma fluía a essência que
aproxima os homens dos anjos,
da natureza, do pensamento que
professa e proclama pelos seus atos,
o exercício da paz...
Tudo era magnífico aos olhos,
havia um respeito pelo que descobríamos
como se o Senhor do universo já
incutísse em nossas almas a consciência
de que tudo tem a seu divino e
onipresente olhar.
Ontem, éramos crianças, semelhante
as flores, a natureza virgem, que aos
poucos conhece em que civilização
vive, foram pintadas em nossa memória
as aquarelas que eternizam a alegria, em
coloridos dias, o semelhante, veste a
mansidão de quem ama...
A criança vê o mundo assim, e os dias
são como um play back, onde o arquivo cheio
não permite outras mensagens, senão as
que façam sorrir, um caixa cheia que manda de volta
o ódio, desconhece a estupidez, e os imensos arquivos
que contam grandes tragédias, são tão enfadonhos,
que seu pequeno coração prefere uma canção de ninar...
O mundo resume-se numa casinha de brinquedo,
onde tudo está espalhado no chão, e a principal
regra para se brincar ali, é ser feliz, desprover
os olhos de lágrimas, e bloquear da alma, o dom natural
de evoluir, afinal porque conhecer outros
sentimentos senão o amor, o carinho e a ternura
de ser criança.
