SABEDORIA...

 

Sabedoria...

 

Não era noturna,

embora taciturna.

Passava o dia no muro,

eu juro.

Ares de reflexiva,

embora "viva".

Sem arredar o pé,

mas às vezes voava para o rodapé.

E ficava parada,

mas era camarada.

E só me olhava,

ou me perscrutava.

Não sei ao certo.

Então cheguei mais perto,

o poema falou mais alto.

Ela deu um salto,

e subiu em meu tanque.

Não há quem daí a arranque.

até o sol se pôr.

Restou-me o poema compor.

 

 

 


 

IMAGEM: acervo próprio. A imagem trata-se de uma coruja que tem épocas fica o dia todo em meu muro. Quando o sol,esquenta, voa para o piso do meu quintal, geralmente uma sombra. às vezes fica em meu tanque a tarde toda. só vai embora quando o sol se põe. Imagino que deve ter ninho em um barracão do outro lado do muro. Depois ela desaparece por um tempo.  O nome do poema " sabedoria" é justamente porque a coruja é o símbolo da sabedoria. Dizem que ela simboliza a reflexão, o conhecimento racional e intuitivo.