Sou Mar.
(Sávio Assad)
Sou mar, quando quebro na pedra
e espalho a espuma branca, que
enfeita seu corpo moreno de sol.
Sou mar, quando sereno chego a praia,
saboreando com minha língua morna e
banhando seus pés, torneados e bonitos.
Sou mar, quando em fúria, arranco beijos
loucos de barcos a deriva, gritando seus
lamentos, sem porto e sem destino.
Sou mar salpicando gotas ao vento bravio,
gotas geladas e salgadas, arrastando você para
os meus braços longos e sem abraço.
Niterói - RJ - 13/05/2008