Páginas do Rio

Páginas do Rio I

Quando do morro chega a voz maldita,

Finca pé na soleira ímpio adeus...

Quem lá se vai só vê aqui quem fica

Na conta dos que foram antes seus

Sem resguardar o filho em raso leito

Por ressentida a selva se enlutou

Já não gaba-se “terra”, lasso peito,

Sem jeito pelo incesto que flagrou

Respiro, traço e rezo; até riu...

Pelo laço ceifeiro e sinuoso

Do adeus arredado por um fio

Sobrevida... perpétuo desafio!

Não me enseje por fim, renhida liça,

Ler-me o nome nas páginas do Rio.