Deite sobre mim
E deixe teu corpo falar
Na linguagem que o meu
Quer tanto escutar
Sem censurar, frescura, rubor...
Não sinta constrangimento,
Deixe seu corpo se espraiar desatento
As convenções, aos tabus
Que persistem te algemar
Reprimir teus íntimos momentos...
Deixe teu lado mundano se desnudar
Desvirginar seus castos sentimentos
Na procura de se rebelar
E se tornar leve tal qual pluma no ar...
Pois no que se diz de amor
Quem poderá te acusar
De pecadora, profana, vulgar
Se todas as formas que nos faz de prazer delirar
São formas intensas de amar
Só mesmo os que não sabem de amor
Que nunca sentiram a alma gozar...
Eu quero tua boca
Percorrendo meu corpo
Voraz e tão louca
Buscando ávida por meus gemidos
Atendendo os meus mais obscenos pedidos
Eu quero bolinar tuas ancas
Te virar do avesso
Te adentrar sem ter trancas
Me perder nas tuas curvas
Onde do mundo esqueço...
Quero te enlouquecer de prazer
Te tirando do eixo
Te banhar de suor
Quando me deixo
Cavalgar sobre ti como eu quiser
Sem freio, alheio aos rótulos tolos
Que difamam a mulher