E a minha rima se faria fácil na tua língua, as palavras se fariam doces. Como fosse universal idioma. Assim como a minha mão toma a tua, e te conduz por uma macia duna de areia quente.
Seria como que sob o sol escaldante, os versos se esvaindo pelos poros, por entre os pêlos.
Seria como se a fúria das ondas do mar, exuberante, quebra-se na rebentação, em terno descanso, deslizando leve n’areia, só pra acariciar os teus pés.
Seria como se a minha poesia, feia, fosse carregada p’ro fundo do oceano e grita-se, esfuziante, noticiando a todos os amantes:
“Na praia, a decorar a areia, o mar encontrou uma sereia!”