BELÉM DO PARÁ, A METRÓPOLE DA AMAZÔNIA

BELÉM DO PARÁ, A METRÓPOLE DA AMAZÔNIA

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“Nosso amor vai dar empate, somos do mesmo quilate...”.

(Fafá de Belém).

“Eu tenho marcas de açaí, sou de Belém

A poesia me leva, me leva, me leva”

( Padre Fábio de Melo )

“Eu entrar também nessa jogada e vamos

ver agora quem é que vai agüentar...”.

(Raul Seixas).

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Têm alguns habitantes das regiões

sul e sudeste que só estão vislumbrando

Belém com elefantes, onças, leões,

jacarés e apaches pelas ruas, desfilando.

Há uma discriminação evidente

e/ou um primitivo desconhecimento geográfico,

lá, em cada região “emergente”,

com um respectivo deslumbramento antipático.

A presidência do Brasil só precisa valorizar

o portal da Amazônia, que é tão forte,

sem conivência com a sutil ojeriza, e tratar,

com a real cerimônia, a Região Norte.

Se, no povo brasileiro, a miscigenação

das raças nunca foi segredo para ninguém,

por que o estorvo zombeteiro da facção

das pirraças mete o dedo na cara de Belém?

Eu sou brasileiro de Belém do Pará!

Existe, em minhas veias, miscigenações benquistas,

por um povo guerreiro que nem terá

nenhuma triste sina de feias discriminações racistas.

Parauara sabe vencer guerra sem asneiras.

Eu vou, com certa fé, parodiando o Gonçalves Dias,

para dizer que: Nossa terra tem mangueiras

e abrigou o poeta Pinajé, realizando belas fantasias.

Em nossa poesia, existe um elenco inspirado,

do presente e do passado do Pará.

Ao poeta Alonso Rocha consiste o principado,

que foi justamente coroado por cá...

Aqui, no Pará, as comidas típicas

são umas das melhores do Brasil.

E já tiveram as merecidas críticas

de quem, bem feliz, as consumiu.

No Pará tem tucumã, pizza de jambu;

tem bacuri, maniçoba, vatapá;

tem açaí, abacaba, taperebá, caruru,

uxí, pupunha, cupuaçu, tacacá...

Belém, tem cheiro de tarde

molhada, de patoucholi, de alecrim...

Tem um paneiro de novidade

cobiçada, que já adquiri para mim...

E o futebol do Norte

tem o ardor do clássico Re x Pa (Leão x Papão).

Sob sol ou chuva forte,

qualquer torcedor tático vai lá no “Mangueirão”.

Na “venta” de Belém, há um mito da boa saga.

Há, no futebol, um soberano craque conhecido

por “Quarenta”, Paulo Benedito Santos Braga,

eleito, já vetereno, com um destaque merecido.

No “Forte do Castelo”, “Teatro da Paz”, “Ver-0-Peso”,

“Ver-O- Rio” e na “Estação das Docas”,

há a sorte do belo retrato, que traz um menosprezo

sutil, pela discriminação e pelas fofocas...

Queremos respeito! Nossa terra tem Verequete,

Pinduca, Lucindo e Cupijó...

Temos um bom quarteto que não erra o macete,

em busca do lindo carimbó...

Para não alongar esta dialética,

haverei de inserir a conclusão que já convém.

No Pará, há uma festa eclética

e gostei de ouvir a canção da Fafá de Belém...

Não me cabe discutir a opção musical

de ninguém, com “prosa mole enfadonha”.

Quero é que acabe a discriminação atual

contra Belém, a Metrópole da Amazônia....

Paulo Marcelo Braga

Belém, 29/03/2007

(02 horas e 41 minutos).