Este mar causa-me fascínio
O vai-vem das ondas
A brisa suave acariciando meu rosto
Minha agonia não cessa
O coração não relaxa
O pensamento vagueia no sentido
O sentido de te encontrar
Passam dias, meses, anos
Passa à vida... Gira o mundo
Um dia, pensei encontrar você
Mas, tudo foi em vão
Falta algo em mim
Algo tão simples quão complexo
Você! Não tem nome, cor ou rótulo
Quem sabe? Ainda vai nascer
Tarde demais, o tempo é fugiente, fugaz
Com certeza, vives à eternidade
Ou nos meus sonhos e anseios
O ímpar do par
O ”A” do amor, o sentido
O engodo do meu viver
Jazer à esperança
Talvez uma súplica distante
O inibriante querer
O tempo passou
As rugas afloram, crescem
O espelho à condenação
A verdade da mentira
O nu dos sonhos,
Ou pesadelos
Restaram-me as palavras
Estas, ainda fiéis
Delas alimento meus apelos
Alegro meus dias
Tortura-me o sono
Compartilho o viver
Estas cúmplices das amarguras
Testemunhas reais da solidão
Fremir ao silencio
A noite surda às suplicas
A lua agridoce me seduz
Ao bailar sutil da eclosão
As rosas murcharam,
As pétalas se esvaíram com a brisa
O beijo perdeu o sabor
A vida o glamour
As estrelas apagaram seu sorrir
Nada mais faz sentido
Este mar causa-me fascínio
O vai-vem das ondas
A brisa suave acariciando meu rosto
Minha agonia não cessa
O coração não relaxa
O pensamento vagueia, sofrido
Adeus sofrimento sofrido
Adeus silêncio voraz
Adeus ilusões
Bem vinda esperança
Bem vinda busca
Bem vindo um dia, um amor
O Bruxo
Carlos Sant’ Anna
Colunista
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