O PÁSSARO

 
 


Eis o pássaro que não encontrou conforto,
Nem guarida em coração humano,
Pois rumou as asas em trágico porto,
Causando em seu ego, irremediável dano...
 
Eis o porto, já não mais tão seguro,
Mas revestido de ilusões falazes
Sopradas pelo vento do oceano escuro
Que não reflete, da lua, as tantas fases...
 
Porque as fases passam com o tempo
E a lua se torna minguante
E extenuada como o próprio vento,
Declamando o tropel da vida extenuante;
 
Feito corcel em disparada aflita
Que avança sobre o pássaro em desencanto
E como este pássaro, minha’lma grita
E neste grito, eu soluço um canto!


(Também em Áudio)