Tempo impossível

As águas secam

cuja fonte é só lama e lodo

plantas mortas, pútridas

dos cadáveres vivos.

Rosas murchas

Olhos tristes

Caras retorcidas

risos amarelados.

Olhos que olham a poça d'água

que um dia fora virgem.

Ao longe o horizonte

um céu inexistente

e a vida torturada

fervendo dentro de uma ampola.

O futuro é duvisoso

e não se pode descrever

desse tempo impossível

entre hemisférios em desalinho.

Gilson Pontes
Enviado por Gilson Pontes em 02/03/2011
Reeditado em 11/05/2011
Código do texto: T2824520
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