Sevilha
Avistei-me toureiro
em mágico entardecer...
Ao sol do guadalquivir, naveguei tua lembrança,
em direção a La Maestranza,
pra tourear com a solidão...
Olê ... Rumores de castanholas,
tua alma espanhola,
num olhar flamenco,
me convidando à sedução...
Bailando entre vertigens,
meus olhos, na luta, ainda virgens,
mirados no touro mouro,
olhos cinzas sem coração...
Ergo a rubra capa,
ouvindo na Plaza apupos da Andaluzia,
seriam de alegria...?
Ouço os últimos acordes flamencos
e por trás de tudo, a fantasia me trazia,
no silencio das castanholas,
não o touro na utopia, sem cor,
mas o aceno de teu amor...
Os aplausos são bandos de pássaros,
o vermelho o sol sobre o mar...
A terra... Minha Andaluzia,
você a poesia, dançarina,
pousada sobre o meu sonhar...
Malgaxe