Existe sempre uma doce lembrança
Que se eterniza em minha alma
Que me harmoniza da esperança
De encontrar luz nesta escuridão eterna
Nesta imensidão de ásperas cavernas
Onde cada eco de profundo delírio
Confunde-me na irrealidade de um desejo
De escapar desta tirânica prisão
Desta dor imensa, minha masmorra, meu martírio
Eu não sou o cadáver que anda
Todo o cadáver tem seu fúnebre cortejo
Meu único ensejo é a solidão
Sou como a chama da lareira na varanda
Que de tão fraca e obscura, só existe na lembrança
Das cinzas de meu pobre coração
Alexandre 27/03/2011