O FRUTO DA HISTÓRIA

O FRUTO DA HISTÓRIA

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"O quarto é frio e a cama ainda queima,

só de lembrar quem nela se deitou(...)

Minha história é essa...".

(Fábio Jr.).

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Choveu durante a madrugada...

Aquela manhã estava tão fria...

Teu semblante de for orvalhada

e bela, na manha, ditava poesia...

Eu copiei os diversos fonemas

do teu olhar, com bem atenção,

e plantei versos nuns poemas,

para ver brotar a nossa canção.

Em seguida, o sol esquentou,

irradiando poderosa luminosidade.

A vida, sob o lençol, germinou,

premiando toda nossa fertilidade.

Nos amamos no lençol ardente.

Na sombra, nós regamos muito a plantação.

Só descansamos no sol poente

e -lembra?- degustamos um fruto da paixão...

Nessa presente solidão que vigora,

eu vou lembrando da paz do nosso prazer...

Carente daquela paixão de outrora,

estou tentando, mas não posso te esquecer...

Eis aqui a moral da minha história:

plantei bem sexo e só colhi a paixão.

Com sensual e miudinha oratória,

cantei sem nexo e conheci a solidão...

Paulo Marcelo Braga

Belém, 23/05/2007

(01 hora e 28 minutos).